"Sistema Político e Democracia"
Compreendendo a relação mútua do Homem com o
Meio, sendo o Meio para o Homem um conjunto de saberes, por via da observação e
vivência direta, cria-se vínculos. O
Homem compreendeu a essência dos fenômenos naturais a partir daquilo que se vê,
é um ser ativo, que sofre a influência do meio atuando sobre este,
transformando-o. Considerando a disponibilidade dos recursos naturais
existentes e, dependendo de como se daria tal relação, haveria ou não
obstáculos ao progresso, atuavam movidos pelos instintos e orientados para a
sobrevivência. O Homem consolidou-se no centro entre o domínio dos recursos
naturais e o desenvolvimento dos objetos humanos, na qual se discutia a ideia
de pertencimento das pessoas em relação ao meio, assim desenvolvendo o espaço
em que vive a humanidade.
O Homem precisou se organizar para reger as
relações entre si, Ele consegue isso a partir do entendimento de ser um
indivíduo social por natureza, porém, onde cada um possui suas características
próprias e, por isso acarretando em conflitos. Ele sentiu a necessidade de estabelecer
arranjos institucionais, organizando a vida, assim influenciando o
comportamento das pessoas. O mecanismo de poder é criado, onde os interesses
são transformados em objetivos que são levados à tomada de decisões. O Estado
faz uso da violência, organiza e regula a vida social. O uso da violência de
forma legítima, porque ele representa o coletivo e suas necessidades,
mascarando a garantia dos direitos sociais, civis e políticos.
A transformação política na sociedade veio com
a Revolução Francesa, resultado do processo de evolução intelectual, verdade
científica fundamentada na razão, refletindo diretamente no Estado,
consequentemente na sociedade, um Estado laico. Era necessário colocar um ponto
final na história das trevas e do obscurantismo místico-religioso. A democracia
torna-se fundamental e o princípio da cidadania libertária, igualitária e
fraterna torna-se a essência do Iluminismo.
Entendemos o ser Humano como o ponto central da
trama social, sendo toda a sociedade voltada a valorar o Humano, carregando assim
a sociedade que habitamos, a vida coletiva. No Brasil o silêncio populacional
em política reflete-se na concordância passiva diante de uma voz que impera, o
egoísmo e a inconsciência misturam-se em uma mesma massa omissa das situações
socioeconômicas nacionais, a conivência e a cumplicidade dos cidadãos “pré-ocupados”
com os assuntos públicos, conflitua com o bem comum das manifestações populares,
com a finalidade de realizar um fim comum, conhecido por todos e libertário.
Não só o interesse ao fim das mazelas governamentais de caráter institucional
dos representantes do povo, mas ao exercício político do cumprimento moral, dos
deveres e das obrigações governamentais. O voto e a militância, atuando juntos em
uma política partidária, em busca do melhor para a sociedade que habitamos,
pensando no outro social, no coletivo, no sentimento de pertencimento do Estado,
concretizado em uma sociedade política estável, assegurando o exercício das
aptidões do cidadão.
O que se apresenta em nosso País é um exercício
político de centralidade, onde o governante não atende às virtudes e
preferências de uma comunidade ou nação, assim, não estabelecendo o bem comum,
retroagindo ao patamar do indivíduo ausente como um ser. Evidenciando as
instituições políticas regidas por leis que derivam das relações políticas de
interesses, em diversas classes, assim dividindo a população, as formas de
organização econômica e a distribuição do poder. Imperando as bancadas das famílias,
empresarial e das empreiteiras. O governo brasileiro entende muito bem que política,
é o resultado de um “feixe” de forças provenientes das ações concretas dos
homens em sociedade, traduzindo; ações concretas dos detentores de riqueza,
denominados historicamente de classes dominantes, imperando como nunca o walfere state sobre todas as camadas
sejam politizadas ou não.
A retomada do papel do estado centralista na
economia, na manutenção dos fundamentos neoliberais e a não realização de
reformas estruturais, enfatizando o fisiologismo descarado nos convida a rever
nossa posição de cidadãos, como politizados, polarizados ou reféns? Já não
basta a intensa crise econômico-financeira, frequentes crises
político-institucionais e partidária além do acirramento da luta ideológica de
classes. É um período da história política brasileira bastante significativa,
nesse período se condensam alguns impasses e conflitos da democracia burguesa.
Como não se interessar e ter chamado a atenção,
a dinâmica político administrativa e social da república Federativa do Brasil,
país da massificação da mídia global, e de políticos vorazes e suas estratégias
de manipulação da massa popular ao estímulo das classes dominantes a apropriar
e sugar os atributos de um território originariamente livre. Sim mais que nunca
necessitamos de um processo de evolução intelectual, científica fundamentada na
razão que reflita diretamente no Estado.
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