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sexta-feira, 24 de abril de 2015

As projeções cartográficas



As projeções cartográficas

A transferência de uma imagem da superfície curva da esfera terrestre para o plano da carta sempre produz deformações, isoladas ou conjuntas, de várias naturezas: na forma, em área, em distância e em ângulo.
As projeções cartográficas foram desenvolvidas para tentar oferecer uma solução conveniente para esse problema. Trata-se da execução de complexos cálculos matemáticos que transformam as coordenadas geográficas da superfície esférica da Terra em coordenadas planas, mantendo as propriedades e relações geométricas daquelas. Essa correspondência, entretanto, não é suficiente para eliminar deformações decorrentes da projeção de uma imagem esférica no plano.

Existem numerosos tipos de projeções cartográficas que se identificam de vários modos. Conforme o modo de construção, elas podem ser cilíndricas, cônicas ou planas. De acordo com suas propriedades geométricas, classificam-se em:

a) conformes – os ângulos mantêm-se idênticos e as áreas apresentam-se deformadas;
b) equivalentes – as áreas mantêm-se idênticas e os ângulos apresentam-se deformados;
c) afiláticas e/ou convencionais – não apresentam nem conformidade nem equivalência.

O grupo das projeções convencionais inclui projeções de origem variada e arbitrária, desenvolvidas para fins específicos, particularmente à construção de planisférios.

Projeções cilíndricas

Nesse tipo de projeção, a esfera terrestre é envolvida, total ou parcialmente, por um cilindro tangente ou secante. Os meridianos e paralelos são projetados de dentro para fora da Terra sobre esse cilindro envolvente, que uma vez desdobrado num plano resultará em um retângulo sobre o qual as linhas de referência se apresentam como retas perpendiculares entre si. Dependendo da finalidade podem ser conformes ou equivalentes. O exemplo mais conhecido e utilizado é a Cilíndrica Equatorial Conforme de Mercator (conserva os ângulos e distorce as áreas) mostrada na figura abaixo. 
Outras projeções cilíndricas famosas:
Equivalentes de Gauss-Peter, UTM – Universal Transversa de Mercator.



Projeções cônicas

A esfera terrestre, ou parte dela, é envolvida por um cone ou tronco de cone tangente a um paralelo ou secante a dois paralelos predeterminados. A projeção do centro da Terra sobre a superfície do cone produz, após seu desdobramento, a sua forma característica com os meridianos retos convergentes ao polo e aos paralelos em curvas concêntricas a esse mesmo polo, como visto na figura abaixo (Cônica Conforme de Lambert). Uma variação importante dessa classe de projeção é o modo policônico (cônica modificada), em que os meridianos são linhas curvas. Pelas suas características geométricas elas são mais adequadas à representação cartográfica das regiões de médias latitudes, como a Europa
e parte da Ásia.



Projeções planas

Também conhecidas como azimutais ou zenitais. Desenvolvem-se pela tangência de um plano na esfera terrestre. O ponto de contato da tangência transforma-se no centro desse tipo de projeção. Quando esse centro é o polo (N ou S) diz-se que a projeção é direta, normal ou polar, sendo essa situação a mais privilegiada de sua aplicação (ver abaixo o exemplo de Projeção Azimutal Equidistante ou Estereográfica Polar). A tangência do plano pode se dar em qualquer ponto da Terra, organizando vários tipos de projeção do gênero, como a Ortográfica, Azimutal Equatorial, Azimutal Equidistante (ponto de tangência oblíquo), entre outras. São projeções muito importantes para os meios de comunicação.



BOCHICCHIO, Vincenzo Raffaele. Atlas mundo atual. São Paulo: Atual, 2003. p. 125-126.

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