geopntello

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sábado, 30 de julho de 2016

Canadá


O Canadá é um país rico em recursos minerais, com agricultura, indústria e economia muito ligadas aos Estados Unidos.

Território e população

Uma das características marcantes do Canadá é a desproporção entre sua população de 34 milhões de habitantes e o tamanho de seu território, que é o maior da América e o segundo maior do mundo, com cerca de 9.984.670 km2. Em virtude disso, o Canadá é pouco povoado e é um dos poucos países abertos à imigração.

A maior concentração populacional no país encontra-se ao longo da fronteira com os Estados Unidos, onde o clima é mais favorável à fixação humana. A região dos Grandes Lagos e o Vale do Rio São Lourenço são as áreas mais densamente povoadas, abrigando cerca de 62% da população total. Nesses locais, as densidades demográficas ultrapassam 200 hab./km2. As cidades mais populosas são Toronto, Montreal, Quebec e Ottawa, a capital do país.
O norte do território canadense, onde ocorrem os climas mais frios, é muito pouco povoado. A densidade demográfica nessa região chega a ser inferior a 1 hab./km2.

Imigração e qualidade de vida

O Canadá tem baixo crescimento vegetativo e enfrenta problemas deescassez de mão de obra. Para superá-los, na década de 1990 o governo ofereceu algumas facilidades para intensificar a entrada de imigrantes. Com isso, cerca de 1 milhão de pessoas migraram para o Canadá, atraídas pelas oportunidades de trabalho e pelo elevado nível de vida.

Nos últimos anos, os candidatos à imigração têm precisado satisfazer diversas exigências, visto que o governo canadense dá preferência aos profissionais qualificados em áreas nas quais necessita de mão de obra.

Em 2013, o Canadá ocupava a décima primeira posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com um índice muito elevado (0,911).

Etnias

Os descendentes de franceses e, principalmente, de britânicos formam a maioria da população canadense. Outros grupos de europeus, além de indígenas, inuítes, imigrantes asiáticos e latino-americanos, completam a composição étnica do país.
Economia

A economia do Canadá é marcada pela intensa extração de recursos naturais, pela agropecuária moderna e altamente produtiva e pela industrialização dependente da economia dos Estados Unidos.
Recursos naturais

O subsolo canadense é rico em recursos minerais, como urânio, cobre, ouro, chumbo, zinco, ferro, petróleo, gás natural e carvão mineral. O Canadá tem as terceiras maiores reservas mundiais de petróleo e gás natural, além de grandes jazidas de carvão.

O relevo montanhoso a oeste favorece a produção de energia hidrelétrica, que constitui 60% da energia elétrica do país.

A exploração da taiga, vegetação nativa de grande parte do país, o torna o maior produtor mundial de papel e celulose. Atualmente, a extração da madeira é feita em áreas reflorestadas, com técnicas e equipamentos modernos.

Fonte: http://www.moderna.com.br/geografia

Estados Unidos

A maior potência econômica e militar da atualidade apresenta território com extensão continental e é o terceiro maior país do mundo, com cerca de 9.831.510 km2, incluindo os estados situados em território não contínuo: Alasca, a noroeste do Canadá, e Havaí, um arquipélago no Pacífico. Os Estados Unidos limitam-se com o Canadá, ao norte, e com o México, ao sul, e são banhados pelos oceanos Atlântico, na costa leste, Pacífico, na costa oeste, e Ártico, no Alasca.
Do ponto de vista físico, o território continental dos Estados Unidos — sem considerar os estados do Alasca e do Havaí — pode ser dividido em quatro grandes unidades: a leste, o relevo apresenta planaltos desgastados, como os Montes Apalaches; a oeste, estão as cordilheiras resultantes de dobramentos modernos, como as Montanhas Rochosas; e, no centro, as planícies centrais. No litoral do Atlântico, localiza-se a Planície Costeira, formada por terrenos sedimentares.



Por causa da complexa formação geológica do território estadunidense, há em seu subsolo grande variedade de minérios e fontes de energia, como petróleo e gás natural, ferro, alumínio, cobre, entre outros (figura 2). As grandes bacias de carvão nos Montes Apalaches e na região dos Grandes Lagos foram essenciais para o êxito do desenvolvimento industrial no século XIX nos Estados Unidos, sobretudo para o nordeste do país, até hoje a região mais industrializada.
Organização do espaço

Tanto as indústrias como a agricultura dos Estados Unidos estão entre as mais produtivas e modernas do mundo. Essas atividades são fundamentais na organização do espaço estadunidense.
Indústria

De industrialização antiga e tradicional, o nordeste do país é conhecido como Manufacturing Belt (Cinturão Industrial) em razão da grande concentração de fábricas. Entre as indústrias locais destacam-se a siderúrgica, a química, a metalúrgica, a automobilística e a eletrônica. É nessa região que estão situados a capital, Washington, e o principal centro econômico-financeiro do país: a cidade de Nova York.
Sun Belt (Cinturão do Sol)

Após a Segunda Guerra Mundial, novas áreas no sul e no oeste do país foram dinamizadas com obras de infraestrutura construídas pelo governo para desconcentrar a indústria do nordeste. Entre os principais fatores dessa iniciativa estavam o crescimento do comércio com o Japão e a segurança do território, além da exploração de petróleo no Golfo do México e na Califórnia, que atraiu investimentos, empresas e pessoas para a região.

Nesse período, houve grande entrada de imigrantes no país, principalmente de mexicanos no sul, de cubanos na Flórida e de asiáticos na costa do Pacífico, o que gerou disponibilidade de mão de obra barata. Além disso, 3 milhões de pessoas deixaram o Manufacturing Belt e dirigiram-se para esses novos polos industriais que se formavam.

Vale do Silício

Nesses novos polos, instalados próximos a grandes universidades e seus centros de pesquisa, desenvolveram-se indústrias de alta tecnologia. Na Califórnia, por exemplo, o Vale do Silício concentra as indústrias de informática, tecnologia e telecomunicações. Essa área tem grande importância estratégica para os Estados Unidos, pois está mais próxima dos mercados asiáticos — os que mais crescem na economia global.

A agricultura nos Estados Unidos é altamente mecanizada, emprega pouca mão de obra e está intimamente ligada às agroindústrias. A utilização da ciência e da tecnologia permite alto rendimento e grandes colheitas.

Nos últimos anos, a agricultura dos belts vem sofrendo modificações, visto que áreas monocultoras estão sendo ocupadas pelo gado e também por novas culturas, como o sorgo.

Na Califórnia, estado situado no oeste do país, desenvolve-se a fruticultura irrigada em áreas desérticas e destaca-se a produção de vinho (figura 11). Desde o Golfo do México até a porção central da costa leste são plantadas frutas e cana-de-açúcar no chamado Sun Belt (Cinturão do Sol). O uso intenso de mecanização e de tecnologia consolida os Estados Unidos como a grande potência agrícola do mundo. 

A região Nordeste (cinturão dos manufaturados). É uma região com grande concentração populacional e urbana, a exemplo da megalópole Boswash (Boston, Nova York, Filadélfia até Washington). Apresenta grande concentração industrial desde o século XIX, importantes instituições de pesquisa, mão de obra qualificada e mercado consumidor. Diversos recursos naturais estimularam a industrialização da região, a exemplo do ferro, do carvão (região dos Apalaches) e dos recursos hídricos (transporte e geração de energia).  

Os blocos econômicos como o NAFTA (EUA, Canadá e México) são uma característica da globalização da economia, uma vez que permitem o aumento do comércio entre os países sócios através da redução das tarifas de importação. Todavia, por vezes, os países membros combinam tarifas mais elevadas com relação ao comércio com nações fora do bloco, principalmente no caso da implantação da união aduaneira. Este tipo de medida acaba inibindo o comércio com outras regiões do mundo e pode constituir obstáculo ao crescimento do comércio multilateral (entre todos os países) defendido pela OMC (Organização Mundial do Comércio).

O Foro de Cooperação Econômico Ásia Pacífico / Aliança do Pacífico tem como premissa:

• ampliação do mercado consumidor
• ampliação dos fluxos de turistas entre os participantes
• aumento dos fluxos de capital entre os países-membros
• crescimento do intercâmbio de serviços dentro do bloco
• perspectiva de aumento dos investimentos diretos externos
• possibilidade de geração de emprego e renda pela ampliação do comércio externo.

Uma das vantagens da posição geográfica do litoral:
• Como todos os países têm litoral no Oceano Pacífico, isso facilita o intercâmbio com os países asiáticos com quem eles já possuem acordos comerciais.
• O litoral no Oceano Pacífico favorece o comércio com a Costa Oeste dos Estados Unidos.
• Alguns países possuem litoral no Pacífico e no Atlântico, o que facilita o comércio com um número muito grande de territórios na Ásia, Oceania, América do Norte e Europa Ocidental.

Fonte: http://www.moderna.com.br/geografia


O continente americano


O continente americano destaca-se por sua grande extensão no sentido norte-sul e pela variedade de solos, climas e formações vegetais.

É o segundo maior do mundo, com área de 42.209.248 Km2

A regionalização por critério geográfico, assim como ocorre com o espaço mundial, existem diferentes formas de regionalizar a América. Os dois critérios mais comuns de regionalização levam em consideração: a localização das terras, a colonização e o desenvolvimento socioeconômico do país, ao instituir suas formas de organização social e o modo de produção.

Na América, destacam-se quatro grandes formas de relevo, que se distinguem uma da outra pela altitude: as altas cordilheiras do oeste, as planícies e as depressões do centro e os planaltos e montanhas antigos desgastados do leste. O relevo e a hidrografia foram muito importantes no processo de ocupação do continente americano e na distribuição atual da população.Cerca de 972 milhões de habitantes da América ocupam os territórios de forma desigual. Essa distribuição irregular é explicada por fatores históricos, econômicos e naturais — entre os quais estão as tendências de concentração urbana em zonas litorâneas, o padrão de povoamento surgido com a colonização europeia e a dificuldade de ocupação das altas montanhas e dos desertos. 

Os índices mais altos de densidade demográfica são encontrados na porção leste, a primeira do continente americano a ser colonizada pelos europeus. O relevo, constituído principalmente por planaltos de baixa altitude, e as extensas formações vegetais que existiam na região favoreceram a ocupação humana.

Os extremos norte e sul da América apresentam as menores densidades, em virtude de seu clima muito frio.
As porções central e oeste do continente apresentam baixa densidade demográfica. No centro, esse índice se relaciona à presença da Floresta Amazônica e de extensões áridas e semiáridas na América do Sul. Já na América do Norte, a ocupação humana na porção central é dificultada pela ocorrência de climas muito secos. No oeste, tanto na América do Sul como na América do Norte, um fator limitador para o povoamento é o relevo montanhoso.

América Anglo-Saxônica

Na segunda metade do século XIX, a América Anglo-Saxônica, em especial os Estados Unidos, passou por um período de crescimento econômico que promoveu melhorias das condições de vida e redução das taxas de mortalidade. Isso proporcionou um rápido crescimento da população, relacionado também à vinda de muitos imigrantes.

No início do século XX, as taxas de natalidade diminuíram, influenciadas pelo alto custo da criação dos filhos, pela entrada da mulher no mercado de trabalho, pela disseminação de métodos anticoncepcionais e pelo planejamento familiar. A partir de 1950, a redução da natalidade, associada a um rigoroso controle da imigração, resultou na queda do crescimento demográfico.

América Latina

Na América Latina, os acontecimentos se deram de modo diferente. Justamente no período em que o número de habitantes da América Anglo-Saxônica começava a diminuir, nos países latino-americanos iniciava-se uma explosão demográfica. Houve aumento nas taxas de natalidade e redução da mortalidade como consequência de melhorias médico-sanitárias: campanhas de vacinação, investimento em atendimento médico-hospitalar, tratamento de água e coleta de lixo e esgoto.

O território americano é rico em recursos naturais que são explorados de várias maneiras: a formação geológica do continente propicia a exploração de recursos minerais; a presença de dois oceanos, que banham as costas leste e oeste do continente, favorece a atividade pesqueira; a existência de uma extensa rede hidrográfica facilita a obtenção de energia elétrica; os diversos tipos de clima, as variadas formas de relevo e os diferentes tipos de solo contribuem para a prática da agropecuária.

Fonte: http://www.moderna.com.br/geografia.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Dieta e Atividade física

D

Conjuntivite


Como se inscrever no FIES


ENEM. Regras da redação


Objetivos do desenvolvimento sustentável


O que o eleitor pode e o que não pode fazer


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Dengue Chikungunya


segunda-feira, 25 de julho de 2016

Projeções Cartográficas



Mesmo se fosse uma esfera perfeita, nosso planeta já seria muito difícil de ser representado em um mapa de apenas duas dimensões. Se considerarmos que ele tem forma de geoide, então, vamos ter uma baita dor de cabeça tentando manter as proporções dos continentes e países ao transformar este formato irregular em um mapa 2D, respeitando as áreas, contornos e proporções.

Vamos deixar o formato geoide de lado e fingir que o planeta é uma esfera. Entre as projeções cartográficas mais utilizadas, temos as planas (ou azimutais ou polares), cônicas e cilíndricas. Cada uma delas tem uma função diferente, seja para a navegação, aviação ou simplesmente para ressaltar a importância política de alguma região específica – quando os Estados Unidos elegem com frequência a projeção em que seu país parece ser enorme, por exemplo.

Entre as mais populares, está a de Mercator, exatamente esta que faz parecer que os países de latitudes altas (perto dos polos) sejam enormes quando comparados aos países que estão mais perto da linha do Equador, como o Brasil. Essa projeção é do tipo cilíndrica, que mantém as formas dos continentes, mas altera suas áreas.

Para mostrar o quão incorreta é a nossa percepção sobre os países do mundo, um site chamado The True Size permite que você mova os países para diferentes latitudes e longitudes, sempre respeitando as proporções da projeção de Mercator.

A intenção dos criadores do site é que professores e alunos possam utilizá-lo em sala de aula para compreender com exemplos práticos como essa projeção tem problemas de distorção. O site também fornece informações geográficas sobre o país selecionado, como área e comparação com outros países. [Bored Panda]


Fonte: http://hypescience.com/depois-de-ver-estes-15-mapas-voce-nunca-mais-vai-encarar-o-mundo-da-mesma-forma/

domingo, 24 de julho de 2016

A origem da atmosfera



Atmosfera é um conjunto de gases que envolvem a Terra, não possui cheiro, cor e gosto. Essa parte da biosfera é indispensável, por oferecer condições de vida no planeta, além de regular a temperatura da Terra, disponibilizar condições para ocorrência do processo de combustão, facilitar a propagação de som e difundir a luz.

De acordo com estimativas, o surgimento da atmosfera ocorreu há, aproximadamente, 4 bilhões de anos. Sua formação aconteceu quando o planeta Terra, após ter sofrido um enorme aquecimento, começou a esfriar, então do seu interior foi sendo expelido vapor de água, e uma considerável quantidade de gases, dentre outros elementos. Os mesmos se dirigiram em direção ao espaço sideral, porém uma parte fixou-se ao redor do planeta, evento proporcionado pela força gravitacional.

A atmosfera primitiva detinha em sua composição gases com substâncias venenosas, a realidade inviável à vida sofreu alterações positivas a partir do surgimento dos oceanos e das plantas (marinhas) que, por meio do processo de fotossíntese, mudou a condição adversa. A configuração atual da atmosfera se consolidou há cerca de 65 milhões de anos.

A atmosfera terrestre atual é constituída por diferentes gases, dos quais podemos destacar: o nitrogênio, com 78%; oxigênio, 21%; e outros gases (como dióxido de carbono, neônio, ozônio, hélio e vapor de água) 1%. Os percentuais apresentados são imprescindíveis para a proliferação da vida no planeta.

A atmosfera é composta por várias camadas, que se diferenciam de acordo os aspectos físicos e químicos. As camadas da atmosfera terrestre são: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera.

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia

China X EUA

No presente momento a maior potência mundial é os EUA, e a economia que mais desenvolve é a China, essas têm estabelecido uma relação harmoniosa, apesar de gerar certa desconfiança de um possível foco de tensão. 

Essa harmonia reflete a forte dependência recíproca dos países, os Estados Unidos necessitam de mão-de-obra barata e outros atrativos oferecidos na China, por outro lado a economia chinesa depende dos investimentos norte-americanos que propicia o avanço econômico do país oriental, e também por causa das importações americanas que absorve grande quantidade de produtos chineses. 

É exatamente neste contexto o início de uma possível divergência, pois essas transações comerciais têm ocasionado um superávit de aproximadamente 200 milhões de dólares, mas por outro lado a balança comercial norte-americana fica com um saldo negativo na balança comercial, agora resta saber até quando a economia suporta o déficit comercial. 

Esses fatos afirmam que os interesses econômicos sempre colocam em foco a supremacia geopolítica mundial no quais os países adotam medidas protecionistas, temendo perder sua hegemonia. 

Globalização



A globalização é um dos termos mais frequentemente empregados para descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua consolidação no mundo. Na prática, ela é vista como a total ou parcial integração entre as diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização proporcionada pelos sistemas de comunicação e transporte.

Mas o que é globalização exatamente?

O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais diversos autores em Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História que se pautaram em seu estudo. Em uma tentativa de síntese, podemos dizer que a globalização é entendida como a integração com maior intensidade das relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada pela conexão entre as diferentes partes do globo terrestre.

Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma ocasião ou acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a principal característica da globalização é o fato de ela estar em constante evolução e transformação, de modo que a integração mundial por ela gerada é cada vez maior ao longo do tempo.

Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes partes do planeta até existia, porém ela era muito menos rápida e eficiente que a dos dias atuais, que, por sua vez, poderá ser considerada menos eficiente em comparação com as prováveis evoluções técnicas que ocorrerão nas próximas décadas. Podemos dizer, então, que o mundo encontra-se cada dia mais globalizado.

O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável pelo avanço e consolidação da globalização atual, propiciou uma integração que aconteceu de tal forma que tornou comum a expressão “aldeia global”. O termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial no meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor.

A origem da Globalização

Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de globalização. O termo em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior difusão após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no qual o sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo.

De toda forma, como já dissemos, ela foi gradativamente apresentando evoluções, recebendo incrementos substanciais com as transformações tecnológicas proporcionadas pelas três revoluções industriais. Nesse caso, cabe um destaque especial para a última delas, também chamada de Revolução Técnico-Científica-Informacional, iniciada a partir de meados do século XX e que ainda se encontra em fase de ocorrência. Nesse processo, intensificaram-se os avanços técnicos no contexto dos sistemas de informação, com destaque para a difusão dos aparelhos eletrônicos e da internet, além de uma maior evolução nos meios de transporte.

Portanto, a título de síntese, podemos considerar que, se a globalização iniciou-se há cerca de cinco séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma mais elaborada e desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos, a partir da segunda metade do século XX em diante.

Características da globalização / aspectos positivos e negativos

Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais diversos campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço geográfico, educação, política, direitos humanos, saúde e, principalmente, a economia. Dessa forma, quando uma prática cultural chinesa é vivenciada nos Estados Unidos ou quando uma manifestação tradicional africana é revivida no Brasil, temos a evidência de como as sociedades integram suas culturas, influenciando-se mutuamente.

Existem muitos autores que apontam os problemas e os aspectos negativos da globalização, embora existam muitas polêmicas e discordâncias no cerne desse debate. De toda forma, considera-se que o principal entre os problemas da globalização é uma eventual desigualdade social por ela proporcionada, em que o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de uma minoria, o que atrela a questão às contradições do capitalismo.

Além disso, acusa-se a globalização de proporcionar uma desigual forma de comunicação entre os diferentes territórios, em que culturas, valores morais, princípios educacionais e outros são reproduzidos obedecendo a uma ideologia dominante. Nesse sentido, forma-se, segundo essas opiniões, uma hegemonia em que os principais centros de poder exercem um controle ou uma maior influência sobre as regiões economicamente menos favorecidas, obliterando, assim, suas matrizes tradicionais.

Entre os aspectos positivos da globalização, é comum citar os avanços proporcionados pela evolução dos meios tecnológicos, bem como a maior difusão de conhecimento. Assim, por exemplo, se a cura para uma doença grave é descoberta no Japão, ela é rapidamente difundida (a depender do contexto social e econômico) para as diferentes partes do planeta. Outros pontos considerados vantajosos da globalização é a maior difusão comercial e também de investimentos, entre diversos outros fatores.

É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da globalização depende da abordagem realizada e também, de certa forma, da ideologia empregada em sua análise. Não é objetivo, portanto, deste texto entrar no mérito da discussão em dizer se esse processo é benéfico ou prejudicial para a sociedade e para o planeta.

Efeitos da Globalização

Existem vários elementos que podem ser considerados como consequências da globalização no mundo. Uma das evidências mais emblemáticas é a configuração do espaço geográfico internacional em redes, sejam elas de transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou de capitais especulativos. Elas formam-se por pontos fixos – sendo algumas mais preponderantes que outras – e pelos fluxos desenvolvidos entre esses diferentes pontos.

Outro aspecto que merece destaque é a expansão das empresasmultinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas globais. Muitas delas abandonam seus países de origem ou, simplesmente, expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um maior mercado consumidor, de isenção de impostos, de evitar tarifas alfandegárias e de angariar um menor custo com mão de obra e matérias-primas. O processo de expansão dessas empresas globais e suas indústrias reverberou no avanço da industrialização e da urbanização em diversos países subdesenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil.

Outra dinâmica propiciada pelo avanço da globalização é a formação dos acordos regionais ou dos blocos econômicos. Embora essa ocorrência possa ser inicialmente considerada como um entrave à globalização, pois acordos regionais poderiam impedir uma global interação econômica, ela é fundamental no sentido de permitir uma maior troca comercial entre os diferentes países e também propiciar ações conjunturais em grupos.

Por fim, cabe ressaltar que o avanço da globalização culminou também na expansão e consolidação do sistema capitalista, além de permitir sua rápida transformação. Assim, com a maior integração mundial, o sistema liberal – ou neoliberal – ampliou-se consideravelmente na maior parte das políticas econômicas nacionais, difundindo-se a ideia de que o Estado deve apresentar uma mínima intervenção na economia.

A globalização é, portanto, um tema complexo, com incontáveis aspectos e características. Sua manifestação não pode ser considerada linear, de forma a ser mais ou menos intensa a depender da região onde ela se estabelece, ganhando novos contornos e características. Podemos dizer, assim, que o mundo vive uma ampla e caótica inter-relação entre o local e o global.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

GUERRA FRIA



Nos fins da Segunda Guerra Mundial, os países aliados se reuniram na Conferência de Yalta para discutirem a organização do cenário político e econômico do pós-guerra. Já nesse encontro, Estados Unidos e União Soviética se sobressaíram como as duas maiores potências do período. Contudo, as profundas distinções ideológicas, políticas e econômicas dessas nações criaram um clima de visível antagonismo.

Preocupada com o avanço da influência do socialismo soviético, os norte-americanos buscaram se aliar politicamente a algumas nações da região balcânica. Em contrapartida, os soviéticos criaram um “cordão de isolamento” político que impediria o avanço da ideologia capitalista pelo restante da Europa Oriental. Essa seria apenas as primeiras manobras que marcariam as tensões ligadas ao desenvolvimento da chamada “Guerra Fria”.

O confronto entre socialistas e capitalistas ganhou esse nome porque não houve nenhum confronto direto envolvendo Estados Unidos e União Soviética. Nessa época, a possibilidade de confronto entre essas duas nações causava temor em vários membros da comunidade internacional. Afinal de contas, após a invenção das armas de destruição em massa, a projeção de uma Terceira Guerra Mundial era naturalmente marcada por expectativas desastrosas.

Geralmente, percebemos que os episódios ligados à Guerra Fria estiveram cercados por diferentes demonstrações de poder que visavam indicar a supremacia do mundo capitalista sobre o socialista, ou vice-versa. Um primeiro episódio de tal natureza ocorreu com o lançamento das bombas atômicas em território japonês. Através do uso dessa tecnologia, o mundo capitalista-ocidental visava quebrar a hegemonia socialista no Oriente.

Logo em seguida, os soviéticos bloquearam a cidade de Berlim em reação contra a tentativa de garantir a hegemonia política capitalista na região. Em resultado desse confronto, o território alemão foi dividido em dois Estados: a República Federal da Alemanha, de orientação capitalista; e a República Democrática Alemã, dominada pelos socialistas. Nessa mesma região seria construído o Muro de Berlim, ícone máximo da ordem bipolar estabelecida pela Guerra Fria.


Buscando garantir oficialmente o apoio de um amplo conjunto de nações, os Estados Unidos anunciaram formulação do Plano Marshall, que concedia fundos às nações capitalistas, e logo depois, a criação da OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte. Por meio dessa última organização militar, os capitalistas definiram claramente quais países apoiariam os EUA em uma possível guerra contra o avanço das forças socialistas.

Sem demora, a União Soviética também conclamou os países influenciados pela esfera socialista a assinarem o Pacto de Varsóvia, criado em 1955. Tendo pretensões muito semelhantes à OTAN, a união congregava União Soviética, Albânia, Bulgária, Romênia, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia e a República Democrática Alemã. Um pouco antes, respondendo às bombas de Hiroshima e Nagasaki, os soviéticos ainda promoveram testes nucleares no Deserto do Cazaquistão.

Essa seria apenas uma pequena amostra da truculenta corrida armamentista que se desenhou entre os capitalistas e socialistas. Como se não bastassem tais ações, a Guerra Fria também esteve profundamente marcada pelo envolvimento de exércitos socialistas e capitalistas em guerras civis, onde a hegemonia política e ideológica desses dois modelos esteve em pauta.

Somente nos fins da década de 1980, quando a União Soviética começou a dar os primeiros sinais de seu colapso econômico e político, foi que essa tensão bipolar veio a se reorganizar. Antes disso, conforme muito bem salientou o historiador Eric Hobsbawm, milhares de trabalhadores, burocratas, engenheiros, fornecedores e intelectuais, tomaram ações diversas em torno da ameaça de uma desastrosa guerra.


A Guerra Fria, apesar de seu nome, nunca resultou em um conflito direto entre seus principais adversários: EUA e URSS. Ela foi muito mais um processo de constante tensão entre os dois países do que nomeadamente um conflito aberto, principalmente em decorrência do grande arsenal nuclear de seus exércitos. Um dos principais símbolos da Guerra Fria foi, sem dúvida, o Muro de Berlim, construído na cidade alemã a partir de 13 de agosto de 1961.

O muro dividia a cidade de Berlim em duas áreas: Berlim Oriental e Berlim Ocidental. Berlim Oriental era a capital da República Democrática Alemã (RDA), conhecida também como Alemanha Oriental, estando sob influência da URSS. Berlim Ocidental era controlada pela República Federal da Alemanha (RFA), ou Alemanha Ocidental, cuja capital era a cidade de Bonn e estava na esfera de influência dos EUA.

O sistema de barreiras na área fronteiriça de Berlim, onde estava o muro, tinha por objetivo evitar a fuga de cidadãos da parte oriental para a parte ocidental da cidade. Após a divisão da cidade nas duas áreas, cerca de dois milhões de pessoas deixaram o lado oriental. O motivo da fuga era o descontentamento da população com os resultados econômicos e sociais da implantação da planificação econômica nos moldes soviéticos levados a cabo na Alemanha Oriental após a II Guerra Mundial.

Walter Ulbricht, chefe da RDA e do Partido Comunista, apesar de afirmações em contrário, decidiu inicialmente pela colocação de cercas de arame farpado na região em frente ao Portão de Brandenburgo. Com o passar do tempo, a barreira transformou-se em um muro de cerca de 155 km de extensão, fortemente vigiado por guardas, cães e mecanismos de vigilância.

Várias tentativas de fugas foram realizadas, algumas com sucesso, mas outras não, resultando na morte de centenas de pessoas. A área próxima ao muro localizada na parte ocidental ficou conhecida como “zona da morte”, em virtude do destino que tinham os que tentavam fugir e eram alcançados pelas armas dos soldados alemães orientais.

O muro era também alvo de grafites e pichações de protesto contra o regime soviético no lado ocidental do muro. Desde o final da II Guerra Mundial que as tensões entre EUA e URSS aumentavam.

A implantação do Plano Marshall pelos EUA na Europa pretendia recuperar economicamente o ocidente do continente com vultuosas somas de capitais de origem estadunidense. Em contrapartida, a URSS instituiu o Comecon (Conselho de Assistência Econômica Mútua) para integrar economicamente os países de sua esfera de influência.

Berlim e a Alemanha divididas sintetizavam em um território e em uma nação anteriormente unida as disputas pelo desenvolvimento de dois tipos de capitalismo, em uma situação que caracterizou a Guerra Fria: de um lado, o capitalismo ocidental, com a articulação de empresas privadas e estatais; de outro, o capitalismo soviético, com a propriedade estatal e a planificação econômica centralizada do Estado.

O desenvolvimento mais pujante e a vitória do capitalismo ocidental levaram à desintegração do bloco soviético, cujas consequências influenciaram também as duas Alemanhas. Em 09 de novembro de 1989, a população foi informada da liberação da travessia entre as duas partes da Berlim dividida. Milhares de pessoas dirigiram-se ao muro, comemorando e destruindo parte dele. Era o fim do sistema soviético na Alemanha e o início do fim da URSS. Anos depois a Alemanha seria novamente unificada.

A maior porção do Muro de Berlim foi retalhada, sendo leiloada ou vendida como souvenir. Dessa forma, as pessoas poderiam comprar parte do principal símbolo da Guerra Fria, indicando que não houve a queda do Muro de Berlim, mas sim sua comercialização.

Por Tales Pinto
Mestre em História

Por Rainer Sousa
Graduado em História

Equipe Brasil Escola

Lapinha da Serra