A maior potência econômica e militar da atualidade apresenta território com extensão continental e é o terceiro maior país do mundo, com cerca de 9.831.510 km2, incluindo os estados situados em território não contínuo: Alasca, a noroeste do Canadá, e Havaí, um arquipélago no Pacífico. Os Estados Unidos limitam-se com o Canadá, ao norte, e com o México, ao sul, e são banhados pelos oceanos Atlântico, na costa leste, Pacífico, na costa oeste, e Ártico, no Alasca.
Do ponto de vista físico, o território continental dos Estados Unidos — sem considerar os estados do Alasca e do Havaí — pode ser dividido em quatro grandes unidades: a leste, o relevo apresenta planaltos desgastados, como os Montes Apalaches; a oeste, estão as cordilheiras resultantes de dobramentos modernos, como as Montanhas Rochosas; e, no centro, as planícies centrais. No litoral do Atlântico, localiza-se a Planície Costeira, formada por terrenos sedimentares.
Por causa da complexa formação geológica do território estadunidense, há em seu subsolo grande variedade de minérios e fontes de energia, como petróleo e gás natural, ferro, alumínio, cobre, entre outros (figura 2). As grandes bacias de carvão nos Montes Apalaches e na região dos Grandes Lagos foram essenciais para o êxito do desenvolvimento industrial no século XIX nos Estados Unidos, sobretudo para o nordeste do país, até hoje a região mais industrializada.
Organização do espaço
Tanto as indústrias como a agricultura dos Estados Unidos estão entre as mais produtivas e modernas do mundo. Essas atividades são fundamentais na organização do espaço estadunidense.
Indústria
De industrialização antiga e tradicional, o nordeste do país é conhecido como Manufacturing Belt (Cinturão Industrial) em razão da grande concentração de fábricas. Entre as indústrias locais destacam-se a siderúrgica, a química, a metalúrgica, a automobilística e a eletrônica. É nessa região que estão situados a capital, Washington, e o principal centro econômico-financeiro do país: a cidade de Nova York.
Sun Belt (Cinturão do Sol)
Após a Segunda Guerra Mundial, novas áreas no sul e no oeste do país foram dinamizadas com obras de infraestrutura construídas pelo governo para desconcentrar a indústria do nordeste. Entre os principais fatores dessa iniciativa estavam o crescimento do comércio com o Japão e a segurança do território, além da exploração de petróleo no Golfo do México e na Califórnia, que atraiu investimentos, empresas e pessoas para a região.
Nesse período, houve grande entrada de imigrantes no país, principalmente de mexicanos no sul, de cubanos na Flórida e de asiáticos na costa do Pacífico, o que gerou disponibilidade de mão de obra barata. Além disso, 3 milhões de pessoas deixaram o Manufacturing Belt e dirigiram-se para esses novos polos industriais que se formavam.
Vale do Silício
Nesses novos polos, instalados próximos a grandes universidades e seus centros de pesquisa, desenvolveram-se indústrias de alta tecnologia. Na Califórnia, por exemplo, o Vale do Silício concentra as indústrias de informática, tecnologia e telecomunicações. Essa área tem grande importância estratégica para os Estados Unidos, pois está mais próxima dos mercados asiáticos — os que mais crescem na economia global.
A agricultura nos Estados Unidos é altamente mecanizada, emprega pouca mão de obra e está intimamente ligada às agroindústrias. A utilização da ciência e da tecnologia permite alto rendimento e grandes colheitas.
Nos últimos anos, a agricultura dos belts vem sofrendo modificações, visto que áreas monocultoras estão sendo ocupadas pelo gado e também por novas culturas, como o sorgo.
Na Califórnia, estado situado no oeste do país, desenvolve-se a fruticultura irrigada em áreas desérticas e destaca-se a produção de vinho (figura 11). Desde o Golfo do México até a porção central da costa leste são plantadas frutas e cana-de-açúcar no chamado Sun Belt (Cinturão do Sol). O uso intenso de mecanização e de tecnologia consolida os Estados Unidos como a grande potência agrícola do mundo.
A região Nordeste (cinturão dos manufaturados). É uma região com grande concentração populacional e urbana, a exemplo da megalópole Boswash (Boston, Nova York, Filadélfia até Washington). Apresenta grande concentração industrial desde o século XIX, importantes instituições de pesquisa, mão de obra qualificada e mercado consumidor. Diversos recursos naturais estimularam a industrialização da região, a exemplo do ferro, do carvão (região dos Apalaches) e dos recursos hídricos (transporte e geração de energia).
Os blocos econômicos como o NAFTA (EUA, Canadá e México) são uma característica da globalização da economia, uma vez que permitem o aumento do comércio entre os países sócios através da redução das tarifas de importação. Todavia, por vezes, os países membros combinam tarifas mais elevadas com relação ao comércio com nações fora do bloco, principalmente no caso da implantação da união aduaneira. Este tipo de medida acaba inibindo o comércio com outras regiões do mundo e pode constituir obstáculo ao crescimento do comércio multilateral (entre todos os países) defendido pela OMC (Organização Mundial do Comércio).
O Foro de Cooperação
Econômico Ásia Pacífico / Aliança do Pacífico tem como premissa:
•
ampliação do mercado consumidor
•
ampliação dos fluxos de turistas entre os participantes
•
aumento dos fluxos de capital entre os países-membros
•
crescimento do intercâmbio de serviços dentro do bloco
•
perspectiva de aumento dos investimentos diretos externos
•
possibilidade de geração de emprego e renda pela ampliação do comércio externo.
Uma
das vantagens da posição geográfica do litoral:
•
Como todos os países têm litoral no Oceano Pacífico, isso facilita o
intercâmbio com os países asiáticos com quem eles já possuem acordos comerciais.
•
O litoral no Oceano Pacífico favorece o comércio com a Costa Oeste dos Estados
Unidos.
• Alguns países possuem litoral no Pacífico e no
Atlântico, o que facilita o comércio com um número muito grande de territórios
na Ásia, Oceania, América do Norte e Europa Ocidental.
Fonte: http://www.moderna.com.br/geografia
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