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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Redação Enem: Passo a Passo Para Proposta de Intervenção


O objetivo é entender como a pontuação é dada na Competência 5 da redação do Enem, a qual avalia a aplicação da proposta de intervenção na dissertação.
O quadro abaixo discrimina cada nível de pontuação dada na avaliação da proposta de intervenção. Podemos reparar que a pontuação mais alta exige detalhamento, enquanto que as mais baixas ocorrem se a proposta não está ligada à discussão dada no texto e/ou ao tema, ou se a proposta estiver vaga, abstrata (o que é o extremo oposto de estar detalhada).

Por isso, é importante que ao elaborarmos a proposta de intervenção, seguimos passo-a-passo respondendo às cinco questões a seguir, em busca da não abstração e do detalhamento.
1.       A proposta encontra-se explícita no texto? Ou seja, é fácil de identificá-la?
2.       A proposta está descrita na forma de uma ação?
3.       A proposta é viável? Ou seja, é possível realmente aplicá-la ou ela é utópica?
4.       Como ela será realizada? Ou seja, quais são os meios para ela se realizar? (Quem será responsável por aplicar essa ação? Quando e onde ela pode ser aplicada? Necessita de recursos, como financeiros, materiais, humanos etc?)
5.       A proposta soluciona ou ameniza o problema apresentado e discutido na argumentação do texto?
Ao responder essas questões, a proposta de intervenção torna-se explícita, viável, detalhada e relacionada à discussão, que são os pontos principais para alcançar a nota máxima na Competência 5 do Enem.
Repare que “criatividade” não é algo exigido nessa competência. Por isso, não se sinta propenso a receber um Prêmio Nobel por sua proposta de intervenção. Ela não precisa ser super inovadora. Mais importante do que isso é que seja viável, concreta, aplicável. Por exemplo, evite propor “conscientização das pessoas”, “atitudes sustentáveis”, “palestras para a comunidade” e outras coisas assim, dadas vagamente. Questione-se: como conscientizar? Quais atitudes sustentáveis? Cabe a quem realizá-las? Se a população não realiza, como incentivar? Leis ajudam? Palestras atingem esse determinado público alvo? As pessoas procuram por isso?
Outro detalhe que merece atenção é sobre a divisão dos poderes quanto aos órgãos municipais, estaduais e federais. Antes de propor uma ação do “governo”, pense em qual esfera essa determinada atividade tem como responsável: prefeituras, governos estaduais ou a União? E mais: também tem a divisão dos poderes em legislativo, executivo e judiciário. Portanto, não adianta propor que um presidente faça uma lei, por exemplo, já que presidência é cargo executivo e criação de leis cabe ao legislativo.

Tudo isso é fundamental para que sua proposta de intervenção obtenha pontuação 200 e você esteja ainda mais perto da sonhada nota 1000 na redação! 

A América do Sul e a Nova Geopolítica

Duas grandes transformações que parecem se acentuar na segunda década do século XXI desafiam os analistas do nosso tempo. A primeira é o fim da concepção de mundo "unipolar", decretado depois da Guerra Fria, pela ideia de mundo "multipolar" e que apresenta os Estados novamente fortalecidos pelo retorno da geopolítica das nações. A segunda indica que o reduzido círculo das potências mundiais, que sempre comandou o jogo internacional, está definitivamente se ampliando com o rápido crescimento dos países emergentes. E nessa movida o Brasil já tem o seu lugar.

Alguns especialistas que há tempos vêm observando essas mudanças na equação capital e poder estão convencidos de que chegou a hora e a vez do fortalecimento de um lado mundo que sempre viveu de sua posição primário-exportador. O Brasil tem um papel central no desenvolvimento de projeto nacional, capaz de projetar a América do Sul nessa nova geografia econômica e política.
É preciso que as pessoas entendam que política externa não é uma política de governo e sim uma política de Estado.
O Estado brasileiro tem um projeto que vem sendo implementado por sucessivos governos. É possível perceber pequenas modificações na maneira de agir e na postura do governo. A política externa no Brasil hoje é a mesma que vinha sendo praticada no governo anterior e decorre de um projeto de inserção internacional do Brasil que se materializa no início do século XXI.
Pode-se afirmar que o Brasil exerce uma liderança em uma região periférica. Somos hoje a principal nação da América do Sul. Quando se observam as relações internacionais, pode-se afirmar que América do Sul não está nas rotas centrais de comércio mundial. Por isso mesmo, é que se afirmar que o Brasil exerce uma posição periférica. Mas o Brasil, dentro desse contexto de liderança, tem a possibilidade de se estruturar com os demais países que estão no espaço central por exercer grande influência nos negócios do mundo.
Para o Brasil, é melhor articular esse processo a não ter voz e ter que trabalhar de maneira subserviente para as potências centrais. Dentro desse paradigma, a política externa do Brasil privilegia, com êxito, os espaços chamados não centrais, as chamadas potências emergentes.
Esse contexto tem sido explorado pelo Brasil, na medida em que, nos últimos dez anos, tem-se notado uma atuação mais incisiva em relação aos países emergentes. Tais ações, somadas a outras políticas estatais, tem sustentado o crescimento de nossa economia. Isso comprova que o Brasil vem tendo um papel relevante no cenário econômico e político deste início de século XXI.
Se se considerarem os padrões econômicos, pode-se afirmar que toda ação humana está submetida a um triângulo, cujos vértices são: a) o que fazer [que é a política]; b) o como fazer [que é a estratégia]; e c) o com que meios fazer [que é o poder].
O homem se distingue dos demais seres vivos por ser dotado de dois atributos – vontade e razão. Tais prerrogativas possibilitam ao ser humano praticar a intervenção no real. E, conforme visto anteriormente, as ações humanas, de acordo com a economia, são pautadas pelos três vértices vistos anteriormente.
Sendo assim, qualquer intervenção responde ao que fazer, e, para ser feita, vem o seu modo de fazer – que é a estratégia – e os meios utilizados para fazer que é o poder. Por isso, quando se busca inserir ou inserir-se em qualquer contexto, está-se praticando uma intervenção, pois a busca de inserção é fruto de uma vontade ou razão ou a conjugação das duas. É importante entender isso porque o que se dá no plano individual se dá no plano coletivo. Ou seja, quando um país se insere no plano internacional ele está praticando uma intervenção. É uma ligação da política, com a estratégia e com o poder.
Quanto maior o poder, maior a capacidade que se tem de intervir. Qual o problema central do Brasil? É o mesmo problema com que se defrontou a península ibérica no século XV. A Península Ibérica estava apartada das rotas centrais do comércio mundial. A América do Sul está apartada das centrais do comércio mundial. As principais rotas estão no hemisfério norte. Nós somos periféricos nas rotas comerciais, assim como a Península Ibérica era no século XV. Mas houve um projeto, que foi a Expansão Marítima, que levou ao processo de colonização e à mundialização. A América do Sul precisa construir um projeto semelhante. Principalmente o Brasil, que necessita ter acesso ao Oceano Pacífico. O Brasil tem um peso específico capaz de deslocar para uma posição de inserção no mundo, mas se o fizer sem os outros, estes estarão completamente desassistidos.
É necessário que se estruture esse processo para poder preservá-los e ajudá-los.
A grande questão é como fazer isso. Diferentemente da questão europeia, se considerarmos o PIB da Alemanha e da França que são os dois maiores da União Europeia, veremos que eles representam mais de um terço do PIB da União Europeia. São 27 nações ao todo e com isso percebe-se que a desigualdade não é tão gritante. Mas o caso do Brasil é bem diferente.
Representamos mais da metade do PIB da América do Sul. A assimetria é brutal. O Brasil tem de adotar uma política de solidariedade com os demais países, tem que ser fraterno e justo com os outros.
A opinião pública no Brasil acredita que somos um país subdesenvolvido, que necessitamos do auxílio de outros e não podemos auxiliar ninguém. Muitos ainda não entenderam que somos a 7ª economia do mundo. O Brasil é diferente do que era há 15 anos. Apesar do contexto da crise econômica e política em 2015, o país está ficando rico, pois mudou muito depressa nessa última década. Nos últimos seis anos foram colocados 28 milhões de indivíduos no mercado de consumo. Ou seja, foram colocados três “portugais” no mercado de consumo. O processo de acumulação de riqueza no Brasil é grande. Nas relações comerciais do Brasil com os vizinhos, temos uma balança comercial superavitária, o que demonstra a fragilidade das economias dos países vizinhos, principalmente a Argentina. A Argentina depende muito mais do Brasil do que o Brasil dela.
A América do Sul não é mais considerada uma área vital para os Estados Unidos, razão pela qual o Brasil tem condições de estruturar esse processo no continente. Com o desinteresse dos Estados Unidos, o Brasil assumiu um lugar preponderante. O problema é que China também quer um espaço maior no comércio mundial e tem caminhado em direção à América do Sul, objetivando fazer aqui o que fez na África. Os chineses veem a América do Sul como fornecedor de matéria prima para suas necessidades. Percebeu que há espaço para investir e explorar. No ano de 2013, de tudo que os países sul-americanos (exceto Brasil) compraram, 17,4% vieram do gigante asiático, quase seis pontos percentuais mais que em 2007 e três pontos acima de 2010, mostrando avanço constante. O resultado é que a participação brasileira nas compras dos países vizinhos ficou em 11,7% do total do ano de 2013 – a fatia havia sido de 14,2% em 2010.
Para o Brasil colocar seus produtos na América do Sul, tem-se uma vantagem. Enquanto que os outros precisam deslocar seus produtos para o continente (e isso custa caro), nós não precisamos fazer isso.
Os chineses sabem disso, mas eles têm uma política vocacionada de ser a fábrica do mundo. Eles produzem para atender o mundo. E, para fazer isso, o governo chinês adota todas as medidas necessárias para alcançar seus objetivos.
A América do Sul passou a ter uma postura de defesa mais estruturada de seus interesses. Cada país, à sua maneira vem defendendo seus interesses. Isso ajuda e atrapalha o Brasil. Nos ajuda porque demonstra que os interesses locais serão preservados e como somos a principal potência da região, buscam que nós sejamos mais generosos com eles. Mas às vezes, os interesses de cada país podem se contrapor aos nossos.
A América do Sul tem uma posição geográfica favorável que lhe permite não ficar subjugada aos interesses da Europa, EUA ou China. É preciso entender que a vez da América do Sul chegou e o continente tem condições de ajudar no processo de estruturação da mundialização do comércio, da cultura e política. É a vez de o Brasil concretizar as previsões que no passado diziam que seríamos uma potência mundial.

Sérgio L. Barbosa é professor de História Geral do Percurso Pré-vestibular e Enem.


FONTE: Programa Milênio: entrevista do economista, professor da UFRJ e presidente da Câmara de Comércio e Indústria da América do Sul. Darc Costa.

Entenda a Divisão Política e Econômica do Brasil



O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – tem, dentre outras finalidades, elaborar divisões regionais do território brasileiro, de modo a poder agrupar e divulgar dados estatísticos. A primeira divisão territorial das unidades federativas – 26 estados e o Distrito Federal – em macrorregiões ocorreu em 1942, sendo esta composta por oito partes: Região Norte, Região Meio-Norte, Região Nordeste Ocidental, Região Nordeste Oriental, Região Leste Setentrional, Região Leste Meridional, Região Sul e Região Centro-Oeste.
A partir das transformações geopolíticas ocorridas entre as décadas de 1950 e 1960, uma nova divisão foi proposta em 1970, consistindo em cinco Regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Essa divisão perdura até os dias de hoje, tendo sofrido alterações estruturais menores – como a criação dos estados de Mato Grosso do Sul e Tocantins, e a elevação dos territórios de Rondônia, Roraima e Amapá à condição de estados –, as quais, porém, não modificaram a quantidade de regiões que compõe o modelo.
 Fonte: IBGE. Adaptado. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/default_div_int.shtm.

Além dessa classificação político-administrativa, o Brasil é dividido em três regiões geoeconômicas (ou complexo regionais), levando-se em conta a homogeneidade econômica e histórico-social de cada região: complexo regional da Amazônia, complexo regional do Nordeste e complexo regional do Centro-Sul.
O primeiro desses complexos é caracterizado pela presença da floresta amazônica que, de acordo com o IBGE, caracteriza-se predominantemente como uma floresta ombrófila densa e aberta, com árvores de médio e grande porte e ocorrência de cipós, bromélias e orquídeas. Ainda de acordo com o Instituto, trata-se da maior reserva de diversidade biológica do mundo, ocupando 49,29% do território nacional. Neste complexo há também a bacia amazônica, com área de aproximadamente 6,5 milhões de quilômetros quadrados. Por todas estas peculiaridades, este complexo é caracterizado pela extração dos abundantes recursos minerais e vegetais.
O complexo regional do Nordeste é composto por quatro sub-regiões: zona da mata, agreste, sertão e meio-norte. É caracterizado pela concentração de renda e de terra, com parte de sua população vivendo em situação de fragilidade econômica. Outro problema que atinge parte deste complexo é a seca, que agrava os problemas socioeconômicos, pois por vezes inviabiliza a atividade agrícola, estimulando o êxodo rural. Apesar disto, apresenta grandes atrativos turísticos, o que movimenta a indústria hoteleira e de turismo.
Por fim, o complexo do Centro-Sul concentra a maior parte da produção industrial e agrícola do país. Incluindo as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, é a região geoeconômica que concentra as sedes de empresas nacionais e multinacionais, sendo responsável por mais de 70% do PIB (Produto Interno Bruto), abrangendo os municípios com maior renda per capita e melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. Além disso, esta região está em cima de parte do Aquífero Guarani, segundo maior em volume de água do mundo.

 Fonte: IBGE. Adaptado. Disponível em: http://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/

Dicas Para Estudar em Casa Para o Enem

Se você vai prestar o Enem e não está matriculado em um cursinho ou escola regular, independentemente de ter concluído ou não o ensino médio, já sabe que deverá estudar em casa, na maioria das vezes sozinho, para conquistar uma boa nota e atingir seus objetivos com a prova.
Mas então, o que fazer? Veja as dicas fundamentais para quem vai estudar em casa nos próximos meses e quer mandar bem no exame.
Disciplina e determinação
Estudar sozinho requer muito destas duas qualidades. Disciplina por que não haverá ninguém orientando nem supervisionado seus estudos, e determinação para se manter focado e não se “perder” com distrações e nem desanimar durante toda a preparação.
Horário / rotina
Conciliar os estudos com a rotina de trabalho e/ou outros compromissos não é tarefa fácil. Por esse motivo é fundamental criar um cronograma definindo quantas e quais horas dos dias serão dedicadas a preparação para o Enem. Não se esqueça de reservar algumas horas também para os finais de semana.
Buscar conteúdos
A dica aqui é para que você procure primeiramente conhecer quais assuntos fazem parte do conteúdo programático do exame. Conhecendo o que é exigido no Enem, você será capaz de filtrar na internet o que pode ser útil nos seus estudos.
Fazer simulados e provas passadas
Resolvendo simulados e edições anteriores, você terá contato antecipadamente com todas as dificuldades de se prestar uma prova extensa e cansativa como a do exame nacional. Além disso, seus resultados poderão ser utilizados para avaliar a eficiência dos estudos.
Portanto, tenha em mente que uma preparação bem organizada, mesmo sem o acompanhamento em sala de aula, pode sim fazer diferença na hora do exame!


Estudando Energia para o Enem – Fontes energéticas



A interdisciplinaridade no Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio é uma prova bastante interdisciplinar. Para comprovar isso, podemos começar analisando a forma de divisão da prova. Repare que os cadernos de prova não são divididos da mesma forma que as disciplinas do Ensino Médio, por exemplo, geografia, história, física, biologia, etc. Essas disciplinas se relacionam em quatro grandes áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza.
Pensando nisso, buscamos alguns temas que podem ser abordados de diversas formas e cobrados em questões de várias disciplinas. Um exemplo disso é o estudo das relações étnicos raciais que já vimos como ser cobrado tanto em uma questão de Geografia como de História da Arte
Outro assunto bastante cobrado no Enem em várias áreas do conhecimento é o estudo da energia. Para iniciar uma série de dicas de estudo sobre energia, vamos ver qual são as principais fontes energéticas. Você se lembra das características de cada uma delas?
Fontes energéticas
Uma classificação muito comum a ser feita quando se trata de fonte de energia é analisar se esta é renovável ou não renovável.
As energias renováveis são aquelas cujas fontes não se esgotam ao longo do tempo. Por exemplo, a energia solar, que tem como fonte o calor do Sol, que é algo que não se acaba. Todos esperamos que o Sol não vá deixar de existir de um dia para o outro, certo? Nem mesmo em dias chuvosos!
Por isso, não confunda: a fonte de energia deve ser inesgotável, mesmo que ela seja temporal / sazonal.


Os principais tipos de energias renováveis são:
Energia Solar
Tendo como fonte a luz do sol, essa energia pode ser aproveitada como fotovoltaica (efeito fotoelétrico para produção de eletricidade) e térmica (utilização do calor do sol para aquecimento de água para uso direto ou geração de vapor d’água). É uma energia limpa mas tem elevado custo no Brasil.
Energia Eólica
Tem como fonte o vento que ativa turbinas e geradores transformando energia mecânica em elétrica. É também uma energia limpa mas seus equipamentos são caros e a eficiência depende da região da usina, já que há lugares que os ventos são mais fortes.
Energia Hidrelétrica
É utilizada a água dos rios para movimentação de turbinas, transformando energia mecânica em elétrica. Bastante utilizada no Brasil por ser uma região ampla e com bastante recurso hídrico. Sua aplicação causa alguns impactos ambientais e sociais por causa do alagamento da região da usina, por isso deve ser bem planejada.
Biomassa
Essa produção de energia consiste na queima de materiais orgânicos, como bagaço de cana, lenha e outros resíduos. Durante a combustão, há liberação de gás carbônico, porém, este é utilizado pela própria vegetação para a fotossíntese. Por isso, caso tenha um controle dessa produção, ela pode ser considerada uma energia limpa.
As energias não renováveis são aquelas cujos recursos são limitados. Um exemplo é a termoelétrica que tem como fonte de energia a queima de combustíveis fósseis. Se o recurso se esgota, não há mais como produzir energia daquela forma.



Quanto às energias não renováveis, podemos separar da seguinte forma:
Combustíveis fósseis
Aqui ficam inclusos o petróleo, o gás natural, o carvão mineral, o xisto, etc. Essa fonte de energia é responsável por aproximadamente 80% da matriz energética do mundo. Por isso, é a principal fonte de energia em questão de importância econômica e política. Apesar de ser mais lucrativa, a queima desses combustíveis fósseis é muito poluente e responsável por grande parte do efeito estufa e aquecimento global.
Energia nuclear
O principal material utilizado para produção de energia nuclear é o urânio-235, que é um elemento radioativo. A fissão nuclear desse elemento é causada em reatores nucleares, havendo liberação de grande quantidade de energia. As usinas nucleares não são poluentes e a eficiência dessa produção é alta. Porém, seu uso deve ser muito controlado já que, em caso de acidente, o impacto é muito grande por ser um elemento radioativo.

Conhecendo as principais fontes de energia, vamos aplicar esse conhecimento em diversas áreas (química, física, geografia, história) e analisar como o Enem trata esses assuntos em suas questões. 

Redação no Enem: Tipos de Estratégias Argumentativas






Posted: 30 Apr 2015 11:52 AM PDT
A dissertação-argumentativa é um tipo textual da ordem do argumentar, isto é, ao mesmo tempo em que dissertamos sobre um tema temos de convencer o nosso leitor, por meio de argumentos e estratégias argumentativas, de que a nossa tese é a mais adequada ou correta. Portanto, redações no Enem que apenas dissertam fogem do tipo textual requerido pelo exame e, deste modo, zeram na segunda competência “compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa”.
O candidato deve, primeiramente, criar uma tese, ou seja, um ponto de vista acerca do tema abordado pela proposta de redação do Enem e fundamentá-la em argumentos e em estratégias argumentativas a fim de convencer o leitor de que a sua opinião está correta.
Há mais de um tipo de argumento e de estratégias argumentativas as quais o autor de uma dissertação-argumentativa, um artigo opinativo, um editorial ou uma resenha crítica – gêneros da ordem do argumentar – pode recorrer a fim de cumprir o propósito de expor a sua opinião, embasá-la e convencer o seu leitor.
Normalmente, a tradicional dissertação-argumentativa já traz na sua introdução a tese do autor, ou seja, o seu ponto de vista que será defendido ao longo de todo o texto. Para embasar essa tese, o autor pode lançar mão de um ou dois argumentos principais e estratégias argumentativas que os fundamentem:
 Argumento Concreto: esse tipo de argumento é uma prova cabal do que está sendo dito pelo autor e trata-se de dados estatísticos oriundos de pesquisas confiáveis, fatos reais que comprovam a tese do autor, textos legislativos (leis de todas as instâncias) etc.
 Argumentos Lógicos: já esse tipo de argumento é oriundo de um raciocínio lógico que estabelece relações de sentido lógicas, como por exemplo, comparações, causa e efeito, deduções, hipóteses, inferências etc.
 Argumento Autoritário: esse tipo de argumento traz uma citação de uma autoridade, de um especialista sobre o tema abordado pela proposta de redação que pode ser um pesquisador, um professor, um profissional formado na área ou imerso no tema etc.
Alguns autores de livros didáticos e apostilas colocam como tipo de argumento o de consenso, isto é, uma verdade universal, mas gostaríamos de chamar a atenção para esse conceito, pois ele pode nos fazer cair no senso comum.




Posted: 07 May 2015 12:30 PM PDT
Inúmeras discussões são realizadas entre professores de Língua Portuguesa do ensino básico e docentes universitários das áreas de língua e linguagem acerca do uso da 1ª pessoa do singular (eu) em dissertações-argumentativas, mas a verdade é que a maioria das grades de correção dos vestibulares que pedem esse tipo textual condenam, digamos assim, a interlocução marcada entre autor e leitor em dissertações-argumentativas.

Diferentemente da situação de produção de um texto que circula nas esferas sociais, com autor, motivação, objetivos e público-alvo específicos, a situação de produção de uma dissertação-argumentativa é uma situação simulada, ficcionalizada, pois trata-se de um tipo textual exclusivo da esfera escolar na qual um contexto e um tema precisam ser criados a fim de se cumprir uma proposta de redação também simulada. Toda essa simulação é necessária porque não há uma real motivação, exceto pedagógica e avaliativa, para se escrever uma dissertação-argumentativa.
Como há esse deslocamento de uma situação de produção real na qual há uma verdadeira motivação (como escrever uma carta de leitor para um jornal, um relatório para a empresa, uma carta aberta para alguma autoridade, um resumo para um professor, uma entrevista para uma revista etc) para uma situação avaliativa de uma prova, como é o caso do Enem,deve-se evitar o uso da 1ª primeira do singular, o uso do imperativo (ordem) e também deve ser evitada a referência da coletânea de textos motivadores e da proposta de redação em si, já que devemos nos colocar como autores que possuem a voz do bom senso e da razão que objetivam convencer um leitor que representa um leitor universal (também simulado), ou seja, qualquer pessoa que é alfabetizada.
Assim, devemos evitar o uso da 1ª pessoa do singular e do imperativo para não estabelecermos uma interlocução com o nosso leitor. Outras marcas que devem ser evitadas pela mesma razão são as de 2ª pessoa do singular (você, seu, sua, teu, tua etc) e do plural (vocês, seus, suas, teus, tuas etc).
Além disso, já que devemos imaginar um leitor universal para as nossas dissertações-argumentativas, não podemos pressupor que ele conhece a coletânea de textos motivadores e a proposta de redação em si e, assim, devemos evitar escrever, por exemplo: “segundo o texto um da coletânea” e “de acordo com a coletânea de textos motivadores”.



Posted: 02 May 2015 09:30 AM PDT
As figuras de linguagem são recursos linguísticos utilizados para aumentar a expressividade da mensagem transmitida em um texto. Existem muitas figuras de linguagem, sendo que algumas são mais cobradas nos vestibulares e no ENEM, principalmente na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias.
Há algumas figuras de linguagem bem próximas quanto a seu significado ou uso, o que costuma causar bastante confusão entre os alunos, surgindo erros de interpretação. Levando isso em conta, vamos apresentar as principais figuras que têm semelhanças e costumam causar dúvidas, através da aproximação delas e discutindo suas principais diferenças. Para iniciar, vamos hoje entender a diferença entre antítese e paradoxo.
Antítese é a aproximação de duas palavras de sentidos opostos, ou seja, na mesma frase ou verso serão usadas duas palavras de sentidos contrários. Para ficar mais claro, vejamos exemplos:
“Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. Cazuza.
“Onde queres bandido sou herói.” Caetano Veloso.
“Já estou cheio de me sentir vazio, meu corpo é quente e estou sentindo frio.” Renato Russo
“Do riso se fez o pranto” Vinícius de Moraes.
Observe que em todas essas frases (ou versos) estão presentes duplas de palavras opostas. O mais importante aqui é observar que, apesar de opostas, a situação descrita é possível.
Em “Onde queres bandido sou herói.”, o personagem não é bandido e herói ao mesmo tempo. Espera-se, por uma segunda pessoa, que ele seja bandido. Entretanto, há uma quebra de expectativa quando, na verdade, ele é herói.
E assim por diante. Em “meu corpo é quente e estou sentindo frio.”, isso é possível em caso de febre. “Do riso se fez o pranto” mostra que não se sorrio e chorou ao mesmo tempo, mas que a partir do riso, iniciou-se um pranto. Entender isso é essencial para perceber a diferença entre antítese e paradoxo.
Paradoxo ocorre quando a aproximação de palavras opostas causa uma incoerência, uma contradição. Ou seja, quando não é possível ter as duas oposições naquele determinado contexto. Observe:
“Mas que seja infinito enquanto dure” Vinícius de Moraes.
“O mito é o nada que é tudo.” Fernando Pessoa.
“Estou cego e vejo” Carlos Drummond de Andrade.
“É ferida que dói e não se sente” Camões.
Note que doer é uma sensação do tato. Logo, é impossível sentir a dor e não sentir nada ao mesmo tempo. Assim como enquanto dure traz a ideia de finitude e é impossível ver sendo cego, etc. Portanto, tanto em antítese quanto em paradoxo há a aproximação de duas palavras de sentidos contrários. Porém, apenas no paradoxo há contradição envolvida.
Dessa forma, sempre que quiser diferenciar essas duas figuras de linguagem, basta observar, dentro do contexto que as palavras opostas estão inseridas, se há contradição envolvida.


Posted: 10 May 2015 12:59 PM PDT
Assim como a antítese e paradoxo, as figuras de linguagem eufemismo, hipérbole e gradação também podem ser estudadas em conjunto por haver uma relação de sentido entre elas, o que facilita a compreensão de seus significados.
Vamos, primeiramente, analisar como figura separadamente.
Eufemismo
Tem a função de atenuar, ou seja, amenizar uma determinada mensagem. No dia-a-dia, fazemos isso principalmente quando comunicamos algo ruim. Por exemplo, são famosas as expressões “Ele descansou” ou “Virou um anjo ou uma estrela” para dizer que alguém faleceu. Isso porque a morte é um assunto delicado de se tratar diretamente. Assim como a mentira pode ser substituída pela expressão “faltar com a verdade”.
Hipérbole
Trata-se da figura contrária ao eufemismo. Se eufemismo ameniza uma ideia, a hipérbole exagera. É só reparar no nome: HIPER-bole. Aquilo que é hiper é grande. Quando dizemos, por exemplo, que “estamos morrendo de fome”, realmente não vamos morrer em alguns minutos por estar passando fome. Ou seja, essa é uma expressão que exagera a realidade, assim como “tinha um mar de gente” para dizer que estava lotado ou “chorei litros assistindo aquele filme” para afirmar que chorou bastante.
Agora que já entendemos essas figuras e podemos assimilar a oposição existente entre elas, fica mais fácil compreender a última figura (gradação), que utiliza uma das anteriores (eufemismo ou hipérbole).
Gradação
Consiste na figura que utiliza uma sequência de palavras de maneira gradativa, dentro de uma mesma ideia. Para entender o que é gradativo, pense numa escala de vários tons de cinza. Em um extremo, teremos um tom mais claro de cinza, próximo do branco. No extremo oposto, encontramos um tom mais escuro de cinza, próximo do preto.
Agora podemos mentalmente substituir o branco e o preto da escala de cinzas pelas figuras eufemismo e hipérbole. Na gradação, a sequência de palavras podem ir se amenizando (se tornando uma a uma mais eufêmica) ou ir se exagerando (se tornando uma a uma mais hiperbólica). Vejamos exemplos para tornar mais claro:
De repente o problema se tornou menos alarmante, ficou menor, um grão, um cisco, um quase nada.
Nesse caso, as palavras, em relação a seus significados, vão diminuindo gradativamente.
Isso é igual em todo lugar: aqui, ali, na esquina, em outro país, do outro lado do mundo.
Já nessa frase, a gradação acontece de maneira progressiva, já que a cada palavra, aumenta-se a distância.
Dessa forma, percebe-se que na gradação temos a presença do eufemismo ou da hipérbole e que essas últimas são opostas.


*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA é graduada e mestranda em Letras/Português pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente trabalha na área da Educação exercendo funções relacionadas ao ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Redação. Foi corretora de redação em em importantes universidades públicas. Além disso, também participou de avaliações e produções de vários materiais didáticos, inclusive prestando serviço ao Ministério da Educação (MEC).
**Camila também é colunista semanal sobre redação e uma das professoras do Programa de Correção de Redação do infoEnem. Um orgulho para nosso portal e um presente para nossos milhares de leitores! Seus artigos são publicados todas às quintas-feiras, não perca!






Duas Dicas Para Encarar Melhor o Vestibular*


O vestibular certamente é um dos grandes desafios de um jovem. Talvez, o maior deles. Isso porque é neste momento que o estudante decide o que irá fazer para o resto da vida e, além disso, arcará com todas as dificuldades e consequências de sua escolha.
Uma vaga num curso concorrido, numa universidade conceituada, tem obviamente muitos candidatos. Não é nada fácil. Somando-se ainda a pressão da família e dos amigos, a falta de tempo (muitos trabalham e estudam!) ou ainda a falta de dinheiro, temos uma situação extremamente delicada, na qual a carga emocional pode levar facilmente ao estresse e ao desespero, impedindo que o vestibulando consiga se concentrar nos estudos.
Foi pensando justamente nisso que decidi escrever este artigo. Uma tentativa de mostrar aos candidatos mais ansiosos uma maneira diferente de olhar para esse período tão crítico. Farei minhas considerações em dois tópicos, para deixá-las mais claras.
1.       Este momento é decisivo, mas nem tanto.
Eu sei que você está decidindo seu futuro, mas tenha calma. Tudo tem volta e essa não é sua única chance. Caso não seja aprovado, ano que vem poderá tentar novamente e, caso erre na escolha, não há problema em recomeçar. Tenho muitos amigos que chegaram a terminar um curso e, só depois, perceberam que não era o que queriam para sua carreira profissional. Mudaram, fizeram outra faculdade e se “deram bem” na vida. Ou seja, ao escolher errado, dá tempo de voltar sim!
2.       Não se preocupe com a prova e sim com seus concorrentes.
Vejo muitos alunos com medo da prova, vasculhando notas de cortes de anos e anos atrás. Essa atitude, além de estressar, não faz o menor sentido. Afinal, não importa se o exame será fácil ou difícil, nem se a nota de corte foi alta ou baixa nas edições anteriores. O importante é você ir melhor que os outros. Por exemplo, caso um curso tenha 50 vagas e 1.000 candidatos, não importa se a prova será fácil ou difícil. Serão aprovados os 50 melhores candidatos. Portanto, sua meta é estudar o necessário para estar entre os classificados. Esqueça notas de corte e concorrência, pois só irá perder seu tempo. Deixe isso com os outros. Enquanto eles buscam tais informações, você estará estudando e se colocando entre os melhores.
Essas duas dicas, embora bastante simples, podem fazer toda a diferença neste momento. Afinal, a primeira fará com que você diminua, pelo menos um pouco, o peso que é enfrentar um vestibular. Já a segunda ajudará a manter a concentração nos estudos e na prova que está por vir, e não no que já passou.

*FERNANDO BUGLIA é formado em física pela UNICAMP e atua como professor de ensino médio e cursinho pré-vestibular na rede particular. Também é um dos criadores do infoEnem.


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