O objetivo é entender como a pontuação é
dada na Competência 5 da redação do Enem, a qual avalia a aplicação
da proposta de intervenção na dissertação.
O quadro abaixo discrimina cada nível de
pontuação dada na avaliação da proposta de intervenção. Podemos reparar que a
pontuação mais alta exige detalhamento, enquanto que as mais baixas ocorrem se
a proposta não está ligada à discussão dada no texto e/ou ao tema, ou se a
proposta estiver vaga, abstrata (o que é o extremo oposto de estar detalhada).
Por isso, é importante que ao
elaborarmos a proposta de intervenção, seguimos passo-a-passo respondendo às
cinco questões a seguir, em busca da não abstração e do detalhamento.
1. A
proposta encontra-se explícita no texto? Ou seja, é fácil de identificá-la?
2. A
proposta está descrita na forma de uma ação?
3. A
proposta é viável? Ou seja, é possível realmente aplicá-la ou ela é utópica?
4. Como
ela será realizada? Ou seja, quais são os meios para ela se realizar? (Quem
será responsável por aplicar essa ação? Quando e onde ela pode ser aplicada?
Necessita de recursos, como financeiros, materiais, humanos etc?)
5. A
proposta soluciona ou ameniza o problema apresentado e discutido na
argumentação do texto?
Ao responder essas questões, a proposta
de intervenção torna-se explícita, viável, detalhada e relacionada à discussão,
que são os pontos principais para alcançar a nota máxima na Competência 5 do
Enem.
Repare que “criatividade” não é algo
exigido nessa competência. Por isso, não se sinta propenso a receber um Prêmio
Nobel por sua proposta de intervenção. Ela não precisa ser super inovadora.
Mais importante do que isso é que seja viável, concreta, aplicável. Por
exemplo, evite propor “conscientização das pessoas”, “atitudes sustentáveis”,
“palestras para a comunidade” e outras coisas assim, dadas vagamente.
Questione-se: como conscientizar? Quais atitudes sustentáveis? Cabe a quem
realizá-las? Se a população não realiza, como incentivar? Leis ajudam?
Palestras atingem esse determinado público alvo? As pessoas procuram por isso?
Outro detalhe que merece atenção é sobre
a divisão dos poderes quanto aos órgãos municipais, estaduais e federais.
Antes de propor uma ação do “governo”, pense em qual esfera essa determinada
atividade tem como responsável: prefeituras, governos estaduais ou a União? E
mais: também tem a divisão dos poderes em legislativo, executivo e judiciário.
Portanto, não adianta propor que um presidente faça uma lei, por exemplo, já
que presidência é cargo executivo e criação de leis cabe ao legislativo.
Tudo isso é fundamental para que sua
proposta de intervenção obtenha pontuação 200 e você esteja ainda
mais perto da sonhada nota 1000 na redação!
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