O IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – tem, dentre outras finalidades, elaborar divisões
regionais do território brasileiro, de modo a poder agrupar e divulgar dados
estatísticos. A primeira divisão territorial das unidades federativas – 26
estados e o Distrito Federal – em macrorregiões ocorreu em 1942, sendo
esta composta por oito partes: Região Norte, Região Meio-Norte, Região Nordeste
Ocidental, Região Nordeste Oriental, Região Leste Setentrional, Região Leste
Meridional, Região Sul e Região Centro-Oeste.
A partir das transformações geopolíticas
ocorridas entre as décadas de 1950 e 1960, uma nova divisão foi proposta em
1970, consistindo em cinco Regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e
Centro-Oeste. Essa divisão perdura até os dias de hoje, tendo sofrido
alterações estruturais menores – como a criação dos estados de Mato Grosso do
Sul e Tocantins, e a elevação dos territórios de Rondônia, Roraima e Amapá à
condição de estados –, as quais, porém, não modificaram a quantidade de regiões
que compõe o modelo.
Fonte:
IBGE. Adaptado. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/default_div_int.shtm.
Além dessa classificação
político-administrativa, o Brasil é dividido em três regiões geoeconômicas (ou
complexo regionais), levando-se em conta a homogeneidade econômica e
histórico-social de cada região: complexo regional da Amazônia, complexo
regional do Nordeste e complexo regional do Centro-Sul.
O primeiro desses complexos é
caracterizado pela presença da floresta amazônica que, de acordo com
o IBGE, caracteriza-se predominantemente como uma floresta ombrófila densa e
aberta, com árvores de médio e grande porte e ocorrência de cipós, bromélias e
orquídeas. Ainda de acordo com o Instituto, trata-se da maior reserva de
diversidade biológica do mundo, ocupando 49,29% do território nacional. Neste
complexo há também a bacia amazônica, com área de aproximadamente 6,5 milhões
de quilômetros quadrados. Por todas estas peculiaridades, este complexo é
caracterizado pela extração dos abundantes recursos minerais e vegetais.
O complexo regional do Nordeste é
composto por quatro sub-regiões: zona da mata, agreste, sertão e meio-norte. É
caracterizado pela concentração de renda e de terra, com parte de sua população
vivendo em situação de fragilidade econômica. Outro problema que atinge parte
deste complexo é a seca, que agrava os problemas socioeconômicos, pois por vezes
inviabiliza a atividade agrícola, estimulando o êxodo rural. Apesar disto,
apresenta grandes atrativos turísticos, o que movimenta a indústria hoteleira e
de turismo.
Por fim, o complexo do Centro-Sul concentra
a maior parte da produção industrial e agrícola do país. Incluindo as cidades
de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, é a região geoeconômica que concentra
as sedes de empresas nacionais e multinacionais, sendo responsável por mais de
70% do PIB (Produto Interno Bruto), abrangendo os municípios com maior renda
per capita e melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. Além
disso, esta região está em cima de parte do Aquífero Guarani, segundo maior em
volume de água do mundo.
Fonte:
IBGE. Adaptado. Disponível em:
http://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/
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