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sábado, 12 de maio de 2018

PROJETO ESCOLA CIDADÃ - Democracia ligado ao meio ambiente do Município de Ibirité


Democracia ligado ao meio ambiente do Município de Ibirité
Qual tema será trabalhado?
O tema trabalhado constituirá a “Democracia ligado ao meio ambiente do Município de Ibirité”. Seguindo os referenciais da Constituição da República Federativa do Brasil – Art. 225[1]. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, Lei 9.985 Art 5º, inciso IV[2]. Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA - Lei 8.069/90 - Art. 53. Capítulo IV, do direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer[3] e Lei Orgânica do município de Ibirité. Título IV do meio ambiente. Art. 180.

O que pretende desenvolver na escola?
O projeto que será desenvolvido na Escola Municipal Professora Carmelita Carvalho Garcia - CAIC, localizada na cidade de Ibirité, com 55 estudantes de turmas dos 7º e 9º anos do Ensino Fundamental que possuem idade entre 12 e 15 anos. O projeto é multidisciplinar e mobilizou diferentes professores e disciplinas que integram o currículo escolar, como: Ciências, História e Geografia. O projeto Escola Cidadã proporcionou a mobilização para o estudo e conhecimento de duas áreas naturais do município de Ibirité, abrangendo a relevância de proteção da água. A ideia de um projeto de iniciação aos conceitos e manejos ambientais às práticas pedagógicas de formação política com as crianças e jovens de nossa escola, surgiu a partir da sensibilização e conscientização da comunidade escolar para a importância do melhor uso da água e despertar para os benefícios de um manejo adequado nas áreas adjacentes à comunidade escolar, com o intuito de criar uma harmonia socioambiental na região. Resolvemos construir um projeto pedagógico que articulasse educação ambiental à identificação do Eu aluno cidadão, como parte integrante da natureza. Dessa forma compreendendo as noções básicas relacionadas ao meio ambiente necessários para a democracia através da responsabilidade de cada um em respeitar o meio, consolidando valores sociais, assim refletindo em uma representatividade política, direcionada em defesa do meio natural comum ao povo e essencial à qualidade de vida.
O objetivo geral desse projeto abrange aprofundar os conhecimentos das peculiaridades naturais, promover e incentivar a participação dos estudantes na gestão do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, visando replicar esse modelo de gestão ao Parque Municipal Novo Horizonte. Para o alcance desse objetivo, as metas específicas que orientaram nossas ações programamos realizar a visitação aos Parques Estadual da Serra do Rola Moça e Parque Municipal Novo Horizonte ambos na cidade de Ibirité, MG. Com o propósito de conhecer suas características paisagísticas, diversidade biológica, evolução histórica, inserção geográfica territorial, assim como as finalidades das duas unidades de preservação natural.A partir desse conhecimento adiquirido, construir e elaborar um projeto de lei e políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento sustentável do Parque Municipal Novo Horizonte.
Conhecer as áreas protegidas e sua gestão nas esferas municipal e estadual, com efeito para preparar os alunos que, também conhecerão as casas legislativas nos âmbitos municipal, estadual e federal; e assim ampliar a participação dos estudantes nas decisões que envolvem nossa escola, comunidade e cidade.
Como objetivo específico será produzido um glossário ilustrado das características naturais das áreas visitadas, em seguida propor para a secretaria municipal de meio ambiente a elaboração do plano de manejo do parque Municipal Novo Horizonte em Ibirité. Considerando que um glossário ilustrado abordando palavras ou termos pouco conhecidos da área do conhecimento ambiental, colabora na compreensão de textos e na caracterização e interpetação ambiental, para efeito  além de consulta ou simplesmente como um dicionário. Visa contribuir para ser um objeto de conhecimento ambiental. Assinala-se que o ensino e a construção de conhecimentos em ciências ocupa um lugar de destaque, tanto na educação formal, quanto na não formal, e nesse contexto, destaca-se não apenas palavras e, ou, locuções formadas por duas ou mais palavras, mas linguagem não formal das ilustrações.
Costa apud Barbosa-Lima et al, 2003 diz que “não são palavras o que falamos, escutamos ou escrevemos, mas sim seu conteúdo, ou seu sentido ideológico ou vivencial”. Nesse cenário, na realidade, um processo de ensino baseado em situações cotidianas com discurso cotidiano, reproduzirá, sem dúvida, conceitos não científicos.
Em termos de linguagem gráfica, onde o desenho está inserido, podemos dizer que o seu uso em disciplinas do ensino médio como instrumento decodificador de linguagens[4].

Por que você decidiu realizar essa iniciativa? Qual a sua motivação?
De fato a motivação partiu do trabalho educativo de Helena Antipoff, que denominava a cidade de Ibirité como uma “cidade rural”, cujos “moradores, sem especificação profissional, sectária ou partidária, se transformem em cidadãos de um padrão mais apurado, do ponto de vista cívico, econômico e cultural”, responsabilizando os educadores no geral o papel social de contribuir para "edificar formas mais produtivas e mais equitativas de vida coletiva” (ANTIPOFF, H., 1953/1992, p.113). Por tais razões, seguindo o trabalho educativo de Antipoff, “Ainda mais triste que ver meninos sem escolas, é vê-los imóveis em exercícios estéreis e sem valor para a formação do homem” (ANTIPOFF, H., 1992, p.403). Neste sentido deve-se dizer que a educação evoluiu, as escolas são acessíveis, entretanto as iniciativas educacionais no sentido de sensibilizar e conscientizar aos alunos dos seus direitos à ter um ambiente natural protegido, sustentável e saudável fica deficitário.
Decidimos realizar essa iniciativa como forma de tirar os alunos da inércia e motivá-los à consolidar seus direitos, partindo da construção de sujeitos de direitos com postura consciente, crítica e com atitude. Partindo dos pressupostos de CARBONARI (2012), direitos humanos e educação integral: interfaces e desafios em, Caminhos da educação integral no Brasil: direito a outros tempos e espaços educativos MOLL (2012), propõe-se o conhecimento dos direitos humanos como forma de garantia dos direitos humanos[5].

A educação em direitos humanos constitui-se em um processo de formação de sujeitos de direitos cooperativos com práticas de promoções da dignidade humana e resistentes a todas as formas de violação. Educar em direitos humanos é formar sujeitos de direitos com postura consciente e crítica (conhecimentos) e com atitude (ético-política). A educação em direitos humanos prima pela construção de compreensões e práticas que têm na dignidade humana seu conteúdo central. CARBONARI (2012)[6]

Devido a um conhecimento prévio dos alunos do 7º e 9º anos que entendem o Parque Estadual Serra do Rola Moça como um local territorialmente inserido no município de Ibirité, com montanhas e vegetação, mas, desconhecendo a real importância, principalmente a importância hidrológica para o consumo populacional da cidade.
Considerando que o objetivo do projeto incide na aprendizagem, aonde as informações adquiridas são importantes norteadores para a sensibilização e conscientização social do direito ao ambiente natural protegido. Ou seja, fornecer elementos para “[...] efetivar a cidadania plena para a construção de conhecimentos, o desenvolvimento de valores, atitudes e comportamentos, além da defesa socioambiental e da justiça social” (BRASIL, 2007)[7].
A formação do aluno pelas questões ambientais, cria subsídios para que cada um interprete criticamente o meio de vivênvia e nele atue com responsabilidade, comprometendo-se com o exercício individual e ao mesmo tempo coletivo da cidadania plena, porque o equilíbrio ambiental é a condição pra efetivar a cidadania, já que a vida do ser humano depende de sua relação com o meio.
Evidenciar uma área natural em constante ameaça, como o Parque Estadual Serra do Rola Moça, e, também partindo da evidência real de descaracterização paisagística da cidade de Ibirité, converge ações direcionadas para a valorização da participação dos estudantes, atuando de modo consciente e por direito no meio onde se vive.
O estudo da relação entre sociedade e meio ambiente, com o intuito de formar o indivíduo para a cidadania, permite ao aluno reconhecer que a própria participação é fundamental para transformar em realidade o ideal de um meio ambiente equilibrado e que a proteção e o respeito ao meio ambiente resultam em proteção e respeito a si mesmo, ao próximo, ao conjunto da humanidade e a todos os seres do planeta CAMPOS (2012)[8].

Reconhecendo a relevância do ambiente natural “que devido a falta de conhecimento” é depreciado, mas é prudente afirma ser, uma área natural importante, principalmente como elemento promovedor de melhorias sociais, materializada em um parque municipal. A inspiração também culminou a partir da [...]possibilidade de exercer a construção de autonomia e responsabilidade, também pela formação de uma cultura de transformação, respeito ao trabalho alheio e a valorização dele.[9]  

Quem participará desta iniciativa junto com você?
Professores de Geografia, História, Ciências e estudantes de turmas dos 7º e 9º anos do Ensino Fundamental que possuem idade entre 12 e 15 anos selecionados previamente. Direção do CAIC, administração dos parques, secretaria municipal de edução e secretaria municipal de meio ambiente.

O que pretende que os(as) estudantes alcancem após a realização da sua aplicação?
Conhecer os parques e sua importância estadual e municipal. Consumação dos conceitos básico de meio ambiente e possível constribuição ao plano de manejo, além de compreender que o meio ambiente e sustentabilidade fazem parte, Art. 225 – Constituição Federal. SNUC.

A escola pública, em alguns lugares a única escola para o ciclo primário, é certamente o meio eficiente de aproximação entre futuros cidadãos da mesma geração. Dos contatos da infância, cada um retira o conhecimento intuitivo, diariamente experimentado, do valor de cada um dos companheiros; e estes, pertencentes a meios diferentes, refletem, assim, no espírito de cada qual, atitudes e modos de agir de seus respectivos meios.
Mas a democracia requer mais que oportunidades e contatos fortuitos entre meios sociais. Ela exige treino organizado para formar no homem adulto sua segunda natureza, tecida de atitudes e de hábitos de agir democraticamente, de acordo com um ideal democrático. (Publicado originalmente na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos 1(1) ,1944, pp.). CAMPOS (2010)[10].

Como será feito?
Será organizado uma visita da turma aos parques, uma proposta para além da aula expositiva. Concluída a visitação, propor para os alunos a fazerem a ilustração das características naturais dos parques presenciadas para em seguida informar em forma de um glossário os conceitos básicos que envolvem o meio ambiente, através de material gráfico. Estudar as diretrizes de manejo do parque estadual, para em seguida propor um documento com fundamentos de gestão participativa para o parque municipal. Serão utilizado desenhos prévios e desenhos pós visita às áreas naturais para mensurar o processo avaliativo, fazendo parte do processo de ensino aprendizagem. Como estratégia propor para os alunos a percepção das mudanças ambientais provocadas pela ação do homem ao longo do tempo, reconhecer a relevância de um ambiente limpo e organizado, desenvolvendo a conscientização de uma cultura de participação e relação entre comunidade e ambiente ao longo do tempo, sendo convidados a refletir sobre sua realidade social, assim como propor soluções para os problemas de poluição e proliferação de vetores no seu cotidiano.

Como as ações se relacionam com o Poder Legislativo?
Fazer efetivar as leis do município, através de atividades de planejamento e implementação das políticas de preservação de recursos naturais e de áreas verdes e de controle ambiental, em colaboração com os demais órgãos da prefeitura em prol da sustentabilidade seguindo os referenciais do Art. 225 da Constituição Federal. SNUC, Lei 9.985 Art 5º, inciso IV[11] Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA - Lei 8.069/90 - Art. 53. Capítulo IV, do direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer.
As ações planejadas se relacionam aos temas do Poder Legislativo. Por meio da Lei Orgânica do município de Ibirité. Título IV do meio ambiente. Art. 180. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo-se, ao Poder Público Municipal e à coletividade, o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras   gerações.
Em consonância com o parágrafo; 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I. preservar e restaurar os processos ecologicamente essenciais e prover o manejo o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II. preservar a diversidade e a integridade do patrimônio do país e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético [...]VI. promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII. proteger a fauna e flora, sendo vedadas, na forma da Lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.[12]

Como as ações que serão realizadas se articulam com os autores que abordam a construção de uma escola cidadã e com a diretrizes legais?

Como referência para a construção do projeto utilizamos os autores e suas obras:

CAMPOS, Helena Guimarães. A história e a formação para a cidadania nos anos               iniciais do ensino fundamental/ Helena Guimarães Camppos. – 1. Ed.- São Paulo:             Livraria Saraiva, 2012.

CAMPOS, Regina Helena de Freitas. Helena Antipoff / Regina Helena de Freitas    Campos. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.

CARBONARI, P. Cesar. Cap. 14. Direitos humanos e educação integral: interfaces e desafios. Porto Alegre: Penso, 2012. 500 páginas.

COSTA, M.A. F.et .al. O desenho como estratégia pedagógica no ensino de ciências: o caso da biossegurança. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias Vol. 5 Nº 1 (2006).
Disponível em< http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen5/ART10_Vol5_N1.pdf>. Acesso 27. Março.2018.

MOLL, J.et al. Caminhos da educação integral no Brasil: direito a outros tempos e espaços educativos. Porto Alegre: Penso, 2012. 500 páginas.

SILVA, Otavio Henrique Ferreira da (org.), S581e. Educação para a democracia: projetos inspiradores das professoras e dos professores do Brasil  / Otavio Henrique Ferreira da Silva, Marina Murphy Diniz  (organizadores)  - São Paulo: LiberArs, 2018.

Utilizamos as seguintes legislações para nos embasar e realizar a prática educativa na formação cidadã:

  • Constituição da República Federativa do Brasil – Art. 225.

  • Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA - Lei 8.069/90 - Art. 53. Capítulo IV, do direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer.

  • Lei Orgânica do município de Ibirité. Título IV do meio ambiente. Art. 180.

  • Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, Lei 9.985 Art 5º, inciso IV.

  • https://plenarinho.leg.br/



[1] Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
[2] Busquem o apoio e a cooperação de organizações não governamentais, de organizações privadas e pessoas físicas para o desenvolvimento de estudos, pesquisas científicas , práticas de educação ambiental ,atividades de lazer e de turismo ecológico, monitoramento, manutenção e outra atividades de gestão das unidades de conservação.
[3] A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
[4] Costa, M.A. F.et .al. O desenho como estratégia pedagógica no ensino de ciências: o caso da biossegurança. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias Vol. 5 Nº 1 (2006). Disponível em< http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen5/ART10_Vol5_N1.pdf>. Acesso 27. Março.2018.
[5] MOLL, J.et al. Caminhos da educação integral no Brasil: direito a outros tempos e espaços educativos. Porto Alegre: Penso, 2012. 500 páginas.
[6] MOLL, J.et al. Ob, cit.
CARBONARI, P. Cesar. Cap. 14. Direitos humanos e educação integral: interfaces e desafios. Porto Alegre: Penso, 2012. 500 páginas.
[7] Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007.
[8] CAMPOS, Helena Guimarães. A história e a formação para a cidadania nos anos iniciais do ensino fundamental/ Helena Guimarães Camppos. – 1. Ed.- São Paulo: Livraria Saraiva, 2012.
[9] CAMPOS, Helena Guimarães. Ob, cit., p. 133.
[10] CAMPOS, Regina Helena de Freitas. Helena Antipoff / Regina Helena de Freitas Campos. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.
[11] Busquem o apoio e a cooperação de organizações não governamentais, de organizações privadas e pessoas físicas para o desenvolvimento de estudos, pesquisas científicas , práticas de educação ambiental ,atividades de lazer e de turismo ecológico, monitoramento, manutenção e outra atividades de gestão das unidades de conservação.
[12] LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE IBIRITÉ.

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