geopntello

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domingo, 26 de abril de 2015

POTOSI BOLÍVIA


Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.





Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.



Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.



Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.



Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.


Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.




Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.



Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.



Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.


Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.


Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.

Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.



Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.


Foto: Diego Langâmer. Janeiro 2014.

CATAS ALTAS - MG



O presente trabalho visa delimitar uma área de proteção para o Conjunto Paisagístico do Abrigo do Pico de Catas Altas, localizado na cidade de Catas Altas/MG. Objetiva-se atualizar o perímetro de proteção deste conjunto, visando melhor desempenho das diretrizes propostas para a manutenção física e histórica do bem. Preocupa a população de Catas Altas a possível perda deste patrimônio arqueológico e paisagístico, devido à grande produtividade mineradora local. Para as futuras ações e para a proposição de políticas públicas, integra este documento a delimitação georreferenciada da área que deverá receber a devida proteção.

Propor um polígono de proteção para o Abrigo do Pico de Catas Altas implica em estudar as condições ambientais e culturais deste bem de forma consistente e embasada. Dentre os conceitos existentes sobre a preservação de bens naturais e culturais, aquele que mais se aplica é o da Paisagem Cultural.




A paisagem é um conceito muito amplo que foi difundido e apropriado no Brasil de diversas maneiras, flexível a cada área que a estuda. Apesar de a noção de paisagem ser algo que acompanha o homem desde sua existência, sua manifestação ocorre inicialmente entre os pintores, artistas e poetas, tanto no Oriente quanto no Ocidente[1].

                Alexander Von Humboldt, grande estudioso e explorador, contribuiu imensamente com o desenvolvimento de descrições de paisagem, abrindo-se então uma frente de estudos sobre a tradição paisagística associada à disciplina da geografia. Sua visão da paisagem associava-se segundo a Naturphilosophie alemã, na qual era entendida como imagem da natureza em seu caráter totalizante[2]. Confere-se que:

“...o século XVIII foi fortemente impregnado pelo sentimento de Naturphilosophie nas reflexões filosóficas e científicas. Em primeiro lugar, haveria nesse sentimento uma expectativa de explicação global da natureza. Por isso, pode-se entender desde a relação entre fenômenos físicos, químicos, biológicos, etc., como elementos necessariamente interconectados numa explicação do mundo – um kósmos, até uma compreensão dessa totalidade como, digamos, resultado de uma unidade que ressoaria em domínios interligados – ciência, moral, estética”[3].



[1] MAXIMIANO, Liz Abad. Considerações sobre o Conceito de Paisagem. Editora UFPR, 2004.
[2] RIBEIRO, Rafael Winter. Paisagem Cultural e Patrimônio. Ministério da Cultura, 2007.
[3] SPRINGER, Kalina Salaib. VITTAE, Antonio Carlos. A Ciência Humboldtiana e a Gênese da Geografia Física Moderna: entre a Mensuração e a Sensibilidade. Programa de Pós-Graduação em Geografia, IG-Unicamp, 2009.





Amparada na sensibilidade, a noção de Paisagem Cultural, contempla além da observação e do experimento do homem, a dinâmica da sua atuação no próprio meio, ou seja, o homem interage e interfere na paisagem e até mesmo cria a própria paisagem.




























O Pico de Catas Altas, bem como abrigo que dele faz parte, podem e devem ser protegidos pela chancela da Paisagem Cultural, pois além da beleza natural, da fauna e da flora, a sua configuração como moldura ecoa na ambiência do núcleo histórico da cidade revela a memória da sua população. A presente delimitação considera todos os conceitos acima explanados, objetivando-se, por fim, a sua preservação.









sexta-feira, 24 de abril de 2015

As projeções cartográficas



As projeções cartográficas

A transferência de uma imagem da superfície curva da esfera terrestre para o plano da carta sempre produz deformações, isoladas ou conjuntas, de várias naturezas: na forma, em área, em distância e em ângulo.
As projeções cartográficas foram desenvolvidas para tentar oferecer uma solução conveniente para esse problema. Trata-se da execução de complexos cálculos matemáticos que transformam as coordenadas geográficas da superfície esférica da Terra em coordenadas planas, mantendo as propriedades e relações geométricas daquelas. Essa correspondência, entretanto, não é suficiente para eliminar deformações decorrentes da projeção de uma imagem esférica no plano.

Existem numerosos tipos de projeções cartográficas que se identificam de vários modos. Conforme o modo de construção, elas podem ser cilíndricas, cônicas ou planas. De acordo com suas propriedades geométricas, classificam-se em:

a) conformes – os ângulos mantêm-se idênticos e as áreas apresentam-se deformadas;
b) equivalentes – as áreas mantêm-se idênticas e os ângulos apresentam-se deformados;
c) afiláticas e/ou convencionais – não apresentam nem conformidade nem equivalência.

O grupo das projeções convencionais inclui projeções de origem variada e arbitrária, desenvolvidas para fins específicos, particularmente à construção de planisférios.

Projeções cilíndricas

Nesse tipo de projeção, a esfera terrestre é envolvida, total ou parcialmente, por um cilindro tangente ou secante. Os meridianos e paralelos são projetados de dentro para fora da Terra sobre esse cilindro envolvente, que uma vez desdobrado num plano resultará em um retângulo sobre o qual as linhas de referência se apresentam como retas perpendiculares entre si. Dependendo da finalidade podem ser conformes ou equivalentes. O exemplo mais conhecido e utilizado é a Cilíndrica Equatorial Conforme de Mercator (conserva os ângulos e distorce as áreas) mostrada na figura abaixo. 
Outras projeções cilíndricas famosas:
Equivalentes de Gauss-Peter, UTM – Universal Transversa de Mercator.



Projeções cônicas

A esfera terrestre, ou parte dela, é envolvida por um cone ou tronco de cone tangente a um paralelo ou secante a dois paralelos predeterminados. A projeção do centro da Terra sobre a superfície do cone produz, após seu desdobramento, a sua forma característica com os meridianos retos convergentes ao polo e aos paralelos em curvas concêntricas a esse mesmo polo, como visto na figura abaixo (Cônica Conforme de Lambert). Uma variação importante dessa classe de projeção é o modo policônico (cônica modificada), em que os meridianos são linhas curvas. Pelas suas características geométricas elas são mais adequadas à representação cartográfica das regiões de médias latitudes, como a Europa
e parte da Ásia.



Projeções planas

Também conhecidas como azimutais ou zenitais. Desenvolvem-se pela tangência de um plano na esfera terrestre. O ponto de contato da tangência transforma-se no centro desse tipo de projeção. Quando esse centro é o polo (N ou S) diz-se que a projeção é direta, normal ou polar, sendo essa situação a mais privilegiada de sua aplicação (ver abaixo o exemplo de Projeção Azimutal Equidistante ou Estereográfica Polar). A tangência do plano pode se dar em qualquer ponto da Terra, organizando vários tipos de projeção do gênero, como a Ortográfica, Azimutal Equatorial, Azimutal Equidistante (ponto de tangência oblíquo), entre outras. São projeções muito importantes para os meios de comunicação.



BOCHICCHIO, Vincenzo Raffaele. Atlas mundo atual. São Paulo: Atual, 2003. p. 125-126.

Linguagem cartográfica

Linguagem cartográfica
Maria Elena Simielli

Na vida moderna, é cada dia mais notório e importante a utilização de mapas; portanto, cada vez mais, o trabalho do cartógrafo deve ser baseado nas necessidades e interesses dos usuários dos mapas. Por isso mesmo o cartógrafo deve conhecer subjetivamente o indivíduo que vai utilizar os mapas.

Fundamentalmente, isso nos leva a destacar a importância da criação de uma linguagem cartográfica que seja realmente eficiente para que o mapa atinja os objetivos a que se propõe.
Para tanto é necessário que o cartógrafo esteja capacitado a manipular da maneira mais completa possível as informações cartográficas, através de uma linguagem cartográfica adequada, que por sua vez engloba a confecção e o uso do mapa num só processo – o processo da comunicação da informação cartográfica.

O mapa como meio de comunicação será realmente eficiente se esse processo não for interrompido, ou seja, o uso de uma linguagem cartográfica válida tanto para a transmissão da informação como para leitura e consumo do mapa.
A linguagem cartográfica adquire maior importância a partir do momento em que o cartógrafo, já tendo realizado a observação seletiva da realidade, transforma esse modelo intelectual multidimensional (da realidade) numa forma intelectual de informação cartográfica. É graças aos símbolos dessa linguagem que o cartógrafo materializa a sua informação intelectual.
Estabelecer essa linguagem é uma grande responsabilidade para o cartógrafo, pois o mapa não se baseia em uma “convenção” qualquer.
Ao pensar no mapa como transmissor de informações, deve-se ter em mente os princípios da comunicação em cartografia. Se os mapas são veículos no processo de comunicação, mediante símbolos cartográficos, é preciso apresentar a informação adequadamente e, para tanto, conhecer as regras da comunicação e assim expressar como dizer o quê?, como? e para quem?.

Para se entender plenamente a linguagem cartográfica, é preciso destacar aqui a importância da semiótica, ciência geral de todas as linguagens, mais especialmente dos signos.
O signo é algo que representa o seu próprio objeto. Ele só é signo se tiver o poder de representar esse objeto, colocar-se no lugar dele, e, então, ele só pode representar esse objeto de um certo modo e com uma certa capacidade.
O signo só pode representar seu objeto para um intérprete, produzindo na mente deste um
outro signo, considerando o fato de que o significado de um signo é outro signo.

O signo possui dois aspectos: o significante e o significado. O significante constitui-se no aspecto concreto (material) do signo. Ele é audível e/ou legível. O significado é o aspecto imaterial,  conceitual do signo. O plano do significante é o da expressão e o plano do significado é o do conteúdo. Esses aspectos levam à significação que seria o produto final da relação entre os dois.
A relação entre palavras e coisas é determinada pela necessidade de designar as coisas pelas palavras. Disso deriva que o signo é sempre arbitrário e seu significado é estabelecido simplesmente por uma convenção. Por isso o signo é representativo, ocupando o lugar das coisas e não nas coisas.

SIMIELLI, Maria Elena. “O mapa como meio de comunicação e a alfabetização cartográfica”.
In: ALMEIDA, Rosângela Doin de. Cartografia escolar. São Paulo: Contexto, 2007. p. 77-79.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Por que falta água?

Por que falta água? Gesner levanta três causas principais: a urbanização crescente, com o surgimento de macrometrópoles com planejamento não voltado para um bom aproveitamento da água; o crescimento do consumo pelo aumento da classe média em economias emergentes; e o processo de desenvolvimento não sustentável, como o desmatamento às margens dos rios e a sobrecarga de utilização do lençol freático, que contribui para que os mananciais sequem.

Trecho retirado da entrevista de Gesner Oliveira, Ph.D pela Universidade da Califórnia em Berkley e presidente da Sabesp entre 2007 e 2010, à revista VEJA. Seca? Escassez? Racionamento?

Lapinha da Serra